Definem-no como um político ambicioso, bem sucedido e mediático, que domina com mestria o mundo da comunicação. Nikolas Sarkozy, o candidato da União para um Movimento Popular, quer governar a França, modernizando-a, e romper com um “certo estilo” de política – a das elites, como diz.

Filho de um imigrante húngaro e de uma francesa de origem greco-judaica, Sarkozy cresceu em Paris e aí formou-se em Direito. Defensor dos ideiais de direita, Sarkozy desde muito cedo se envolveu na política.

Eleito deputado aos 28 anos, e ministro aos 38, “Sarko” nunca escondeu que os seus planos incluíam a presidência francesa. Em 2002 foi escolhido ministro do Interior, o segundo mais importante do país. Foi aí que ganhou espaço para abrir caminho para o Palácio do Eliseu.

Mas Sarkozy ganhou sobretudo notoriedade, de forma mais negativa, durante os protestos nos subúrbios de Paris em 2005, quando apelidou os manifestantes de “escumalha”. Simpatizante da política norte-americana, deixa claro que quer expulsar os imigrantes ilegais e controlar mais a entrada de estrangeiros no país.

Como ministro do Interior aprovou medidas para enfrentar a imigração ilegal, incluindo deportações, e defendeu a discriminação “positiva” para ajudar a reduzir o desemprego entre os jovens.

O discurso, sem rodeios e muitas vezes azedo, e suas posições radicais em relação à segurança e à imigração, valem a Sarkozy muitos fãs, mas igualmente muitos inimigos num país que tem, a par da Alemanha, a maior taxa de imigração da Europa.

As principais propostas de Sarkozy passam pela criação de um contrato de trabalho único; por conseguir atingir um índice de menos de 5% de desemprego; pela fixação de um tecto fiscal de 50%; pela discriminação positiva a favor das minorias étnicas no trabalho; e pela promoção de um direito internacional sobre o meio ambiente.