A Associação Nacional de Professores (ANP) defende a existência de um Código Deontológico e uma Ordem dos Professores. No V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão, no Porto, o presidente da ANP, João Grancho, afiançou mesmo que, das áreas que influem sobre a natureza humana, a da docência é “a única que ainda não têm um código deontológico”.

A Ordem dos Professores é outra ideia bem-vinda à associação, que pretende “reforçar a identidade da profissão”. Um estudo feito pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), encomendado pela ANP, concluiu que 61% dos professores portugueses têm uma posição favorável em relação à criação de uma ordem, considerando que ela pode coexistir com os sindicatos.

Estudos para a criação de um código deontológico a caminho

“Quando existe um código ético-deontológico, permitem-se horizontes de comportamento e as pessoas sabem que há regras, e que alguém tem que as tutelar. Os professores, na ausência dessas regras, não têm uma bússola de orientação, o que pode criar obstáculos ao seu desenvolvimento profissional”, garante João Ruivo, autor do estudo do IPCB.

A Associação Nacional dos Professores lança o repto e garante que vai “desenvolver estudos no sentido de criar um código deontológico da profissão”, diz João Grancho, que admite a eventualidade da criação de uma “entidade de auto-regulação” da profissão.