O português João Salaviza foi uma das grandes figuras da 62ª edição do Festival de Cinema de Cannes, ao conquistar a Palma de Ouro para melhor curta-metragem. “Arena” foi a obra que valeu ao jovem realizador um dos prémios anunciados, esta domingo, pelo júri do festival francês.

Entrevistado pelo JPN há cerca de duas semanas, João Salaviza já se dizia “muito feliz” pela inclusão de “Arena” entre os nomeados, assinalando, porém, que o filme “não é melhor por ter ido a Cannes”.

“Principalmente quero que seja visto e discutido”, referia então o realizador, que traz para Portugal a maior distinção de sempre do cinema nacional na área das curtas-metragens.

O prémio conquistado por João Salaviza pode ainda constituir um alento para jovens realizadores que se lançam na sétima arte atavés da curta-metragem. “Em Portugal, se fazemos um filme aos 40 anos, ainda entramos na categoria de ‘jovem realizador’, isto porque normalmente a primeira longa é feita com essa idade”, apontava o realizador ao JPN, antes de triunfar em Cannes.

De resto, o austríaco Michael Haneke leva para casa a Palma de Ouro, consagrando-se como o grande vencedor do Festival de Cinema de Cannes de 2009, com “The White Ribbon”. O filme conta a história de um grupo de crianças alemãs no período anterior à I Guerra Mundial, constituindo uma reflexão sobre a geração que viria a desencadear o nazismo.

Outros galardoados em Cannes foram Charlotte Gainsbourg (Melhor Actriz, em “Antichrist”), Christoph Waltz (Melhor Actor, em “Inglorious Basterds”) e o filipino Brillante Mendoza (Melhor Realizador, por “Kinatay”). O Grande Prémio do Júri foi para “Un Prophéte”, realizado pelo francês Jacques Audiard.