A implantação do e-learning na UP tem sido crescente. Isabel Martins, coordenadora do Gabinete de Apoio para as Novas Tecnologias na Educação da Universidade do Porto ( GATIUP), afirma que esta ferramenta é “essencial a uma universidade que se quer nas melhores da Europa”.
A maior utilização das plataformas digitais facilita “a organização dos estudantes”, ao abandonar os “os trabalhos em papel e os CD” para “concentrar todo o trabalho da disciplina no Moodle [plataforma de e-learning da U.Porto]”.
No entanto, o desenvolvimento destas ferramentas é feito, principalmente, com base no b-learning (blended learning), um derivado do e-learning, que implica necessariamente aulas presenciais. Ou seja, a utilização das plataformas digitais é feita como complemento e não como substituto das aulas.
A coordenadora do GATIUP defende a total capacidade do Moodle de substituir as aulas presenciais. Algo que é possível desde que “os docentes estejam predispostos”. Isabel Martins salienta que existem “chats e fóruns de discussão”, bem como locais para “entrega de trabalhos ou realização de testes”. “Tudo o que o docente usa na sala de aula tradicional pode ser transposto para a sala virtual.”
Aposta não é suficiente
Iniciativas como o Workshop de E-learning, a decorrer a 7 e 8 de Janeiro, são, segundo Isabel Martins, boas formas de incentivo ao desenvolvimento desta forma de ensino, mas são ainda insuficientes. “As universidades têm de investir em cursos de e-learning com graduação”, afirma.
Isabel Martins diz também que existem discrepâncias entre as faculdades da UP no que diz respeito à utilização do e-learning. “As faculdades de Letras, de Economia, de Farmácia, de Medicina têm apostado muito nesse aspecto. Já as faculdades ligadas às artes como Belas-Artes, Arquitectura ou Direito estão aquém do esperado.”