“Fá-las Curtas!” é o novo concurso da RTP2. Adaptado do original “Fais Ça Court” do Canadá, o programa é produzido em Portugal pela Valentim de Carvalho Televisão. O concurso, que é transmitido todos os sábados às 21h00, conta com a participação de 16 equipas compostas por um realizador e um argumentista. Cada dupla tem três dias para realizar uma curta de dois minutos do princípio ao fim – escrita de argumento, rodagem e edição incluídas.
Aos concorrentes apenas é pedida criatividade, uma vez que a equipa de produção do concurso disponibiliza os meios técnicos, o guarda roupa, os adereços e os décors. Os locais para filmagem são escolhidos pela organização “mediante o seu potencial”, explica, ao JPN, Rute Vale, produtora do programa. “Pretende-se que sejam interessantes, quer a nível temático, quer a nível visual.”
Também a selecção dos actores está a cargo da produção. “O único critério é terem uma larga experiência”, sublinha Rute Vale. Este sábado, por exemplo, o décor Maxime conta com a participação de Vítor Norte e Pedro Laginha. Segundo a produtora, a adesão dos actores tem sido óptima. “A grande maioria fala da experiência com muito agrado”, ressalva.
O processo
Lançado o mote para a história, as duplas concorrentes têm três dias para escrever o argumento, realizar e editar o filme. No final de cada episódio, as curtas são avaliadas com uma escala de pontos de 1 a 10. O júri, composto pelo realizador Joaquim Leitão e por João Garção Borges, responsável editorial do programa “Onda Curta”, escolhe o filme que passa à etapa seguinte.
Sílvia Cunha é um dos elementos da primeira dupla seleccionada pelo júri. Com o filme “Par ou Ímpar“, Sílvia e Luís passaram à fase seguinte. Para a estudante de Som e Imagem, o trabalho com uma equipa de produção de qualidade “foi um grande privilégio e uma oportunidade para aprender”.
Francisco Baptista é o argumentista de “A Cura“, o filme que concorreu contra o trabalho de Sílvia e Luís. Apesar de não ter passado à fase seguinte, Francisco confessa que “a experiência foi excelente”. Orgulhoso, Francisco conta que a receptividade do seu filme “tem sido muito boa”.
Miguel Rodrigues está também seleccionado para a fase seguinte. O filme “A Redenção” valeu à dupla Miguel Rodrigues e André Luís a passagem para a próxima etapa.
Miguel conta que tem sido uma óptima experiência: “No início só temos uma ideia e depois eles [equipa técnica] tornam-na realidade; também os actores, quando nos dirigimos a eles, respondem logo ao que queremos da história.” O concorrente admite que a curta ficou melhor do que tinham pensado inicialmente.
“Foi electrizante vê-la a passar na televisão como se se tratasse de um trabalho de alguém com obra feita”, graceja. Miguel não esconde a vontade de ganhar o concurso, mas evidencia que os concorrentes estão no programa para “poder aproveitar a oportunidade de filmar com as condições que são dadas”. Rute Vale concorda. “A equipa técnica é uma das mais-valias deste programa”, afiança.
A apresentação do “Fá-las Curtas!” está entregue a Filomena Cautela. A apresentadora garante que está a ser uma das melhores experiências que já teve em televisão. “É um dos programas mais estimulantes que já vi”, salienta. Filomena considera que a equipa de produção e a “altíssima qualidade dos actores” são grandes oportunidades para quem quer fazer do cinema a sua vida.
No final do concurso, a dupla vencedora ganha 10 mil euros para produzir e realizar uma curta-metragem de 10 minutos para a RTP2.