A Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) do Porto vai anunciar esta terça-feira se vai manter acionado o Plano Distrital de Emergência (PDE), ativo desde as 00h15 desta segunda-feira, numa medida inédita no distrito.

Para as 12h30 está marcada uma reunião, na qual será feito um ponto de situação depois dos dois dias mais difíceis do ano em matéria de combate a incêndios na região.

Depois de acionado, o Plano Distrital de Emergência é válido por 48 horas, findas as quais as autoridades responsáveis devem decidir sobre a necessidade da continuidade da medida.

Na manhã desta segunda-feira, Marco Martins, presidente da CDPC do Porto e da Câmara de Gondomar, explicou que a ativação do PDE deu ao distrito a possibilidade de pedir ao Governo um apoio extraordinário em termos de operacionais – pelo menos dois batalhões de militares terão sido enviados para apoiar o combate aos incêndios a Norte – abrindo ainda caminho a uma requisição civil, se necessário, de estruturas públicas ou privadas para apoiarem as operações no terreno.

O dia foi complicado em todo o norte do país em matéria de incêndios esta segunda-feira, tendo os distritos de Aveiro e Viana do Castelo sofrido com as ocorrências mais graves de acordo com os dados que a Autoridade Nacional de Proteção Civil disponibiliza online.

Pelas 20h30, no distrito do Porto, a situação estava longe de ser animadora. É aquele que registava maior número de ocorrências (104). Destas, 14 são incêndios rurais em curso. Um deles, que deflagou ao início da tarde na freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova, em Gondomar, estava na lista das ocorrências de maior importância ao momento, com 103 operacionais e 29 meios terrestres no terreno.

De acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera está prevista uma descida da temperatura para o dia de amanhã no Grande Porto, mas o vento deve passar de fraco a moderado para moderado a forte durante a tarde, facto negativo do ponto de vista do combate a incêndios.

Artigo corrigido às 10h27 de 9 de agosto