Foi na sede da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) que se discutiu, esta terça-feira, a falta de recursos na PSP do Porto. Além das queixas da falta de veículos operacionais, falou-se também da falta de recursos humanos. A reunião contou com a presença de vários representantes do PSD, entre os quais o líder distrital e presidente da câmara da Maia, Bragança Fernandes. Também os deputados do PSD Emília Moreira Santos e Virgílio Macedo estiveram presentes.

Em causa está a denúncia feita pela ASPP/PSP à RTP, na semana passada, segundo a qual existirá uma falta de viaturas aptas para o serviço no Comando do Porto. Vários veículos estarão parados no Parque da Belavista, a precisar de reparação. As principais divisões afetadas serão a de Investigação Criminal e a de Trânsito, que se encontraria com vários reboques a precisar de arranjo.

Virgílio Macedo

Virgílio Macedo, deputado do PSD, e membro da Comissão de Economia, Inovação e Obras públicas, realçou que “tem de haver autorização para um investimento do Ministério da Administração Interna” na reparação e aquisição de veículos policiais.

Já Miguel Neto, secretário nacional da ASPP/PSP, insiste que é necessária “muita ginástica” para minimizar as consequências que o problema da falta de viaturas tem tido na população. Mas nega que a questão possa sempre ser resolvida, e menciona a situação da falta de reboques como exemplo.

O sindicalista diz que este fim de semana “não havia sequer um reboque a funcionar que pudesse fazer serviço na área do Porto”.

Menos 500 operacionais até ao final do ano

A discussão não se esgotou na falta de transportes. Virgílio Macedo mencionou também uma escassez de recursos humanos. Miguel Neto aponta um défice de “500 elementos” que vai resultar da saída de pessoal da PSP até ao fim do ano. As 300 entradas previstas não são suficientes para compensar a saída de cerca 800 agentes para a reforma, avisam.

O JPN tentou contactar o Ministério da Administração Interna acerca destas preocupações, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição. À reportagem da RTP o Comando Metropolitano do Porto garantiu a capacidade operacional das subunidades.

Artigo editado por Filipa Silva