A reportagem multimédia “Caxinas: Um (quase) ensaio“, da autoria de Adolfo Serrão e Ricardo Tavares Ferreira, originalmente realizada para a cadeira Laboratório de Ciberjornalismo do Mestrado em Ciências da Comunicação da Universidade do Porto e publicada em julho no JPN, está entre os nomeados dos Prémios de Ciberjornalismo 2018, na categoria de Ciberjornalismo Académico.
Além deste extenso trabalho, que procurou, em cinco capítulos, evocar os grandes traços histórico-culturais que marcaram aquela comunidade piscatória de Vila do Conde, estão ainda nomeadas as reportagens “Águas paradas movem o Tâmega?“, do jornal ComUM; e “Mulheres Ciganas em Portugal: um outro retrato do feminino” publicada no jornal Urbi et Orbi.
As nomeações para os prémios foram conhecidas esta sexta-feira e estão abertas à votação do público. Os vencedores – das votações do público e do júri – vão ser anunciados na próxima quinta-feira à tarde, a partir das 18h15, no âmbito do Congresso Internacional de Ciberjornalismo.
“Público” lidera nomeações
O jornal “Público” é, com grande vantagem, aquele que tem mais trabalhos nomeados no conjunto das oito categorias: dez, no total. Seguem-se a Rádio Renascença, com três nomeações, tantas quantas o jornal “Reconquista” (todas na mesma categoria).
O “Jornal de Notícias” tem duas nomeações e há projetos editoriais frescos na lista: o “Fumaça”, com duas nomeações, e o “Divergente”, com uma.
Para o galardão principal – Excelência Geral em Ciberjornalismo – estão nomeados o “Público”, a Rádio Renascença e o “Jornal de Notícias”.
Este ano, estreiam-se duas novas categorias nos Prémios de Ciberjornalismo: Narrativa Sonora Digital e Ciberjornalismo de Proximidade. A categoria de Vídeo Online passou, por sua vez, a ter uma nova designação: Narrativa Vídeo Digital.
Walter Dean na abertura do congresso
De dois em dois anos, o ObCiber organiza um congresso dedicado ao jornalismo online que este ano vai para a sexta edição.
O tema é “Ameaças ao Ciberjornalismo” e os trabalhos vão estender-se por dois dias, a 22 e 23 de novembro, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
A conferência de abertura, marcada para quinta-feira, fica a cargo do jornalista e professor norte-americano Walter Dean, sob o tema: “The tyranny of ‘hits’ – How an emphasis on big numbers and flawed analytics has changed reporting”.
Para a manhã do primeiro dia está ainda agendada a apresentação de um estudo sobre “O clickbait no ciberjornalismo português e brasileiro”, de Fernando Zamith e Margarete Vieira Pinto.
À tarde, o Brasil continuará em evidência numa conferência dedicada às “fake news” e haverá lugar para um debate alargado sobre o tema do congresso no qual vão participar Fernando Esteves (Polígrafo), Miguel Soares (Antena 1), Pedro Miguel Santos (Fumaça), Sérgio Sousa (V Digital) e Sofia Branco, do Sindicato dos Jornalistas. Começa às 16h45.
Na sexta-feira, destaque para a última conferência do dia, que será conduzida pela norte-americana Nora Paul, da Universidade do Minnesota, que vem falar das enormes oportunidades e dos não menores desafios para o ciberjornalismo na era das auto-estradas da informação e da nuvem.
O programa completo pode ser consultado aqui.