O Município do Porto apresentou esta terça-feira (22), no Cinema Trindade, a nova plataforma Filmaporto Film Commission que visa promover e apoiar a sétima arte na Invicta.
Guilherme Blanc, diretor do Departamento de Cinema e Imagem em Movimento da empresa municipal Ágora, apresentou a Filmaporto Film Commission como sendo “um projeto de apoio, de comunicação, de potenciação e explicação das potencialidades da cidade a nível patrimonial, fílmico, de produção e de capital humano”.
A Filmaporto vai dar continuidade ao trabalho realizado anteriormente pela antecessora, Porto Film Commission, regendo-se “à sua missão de facilitar e regular as filmagens na cidade”, explicou Guilherme Blanc. “Deste apoio da Filmaporto passa também outro tipo de ajuda a filmagens, apoio logístico, apoio administrativo à produção, à divulgação, e também ainda à formação”, acrescentou.
Um outro papel assumido pela Filmaporto Film Commission é o da “participação internacional em plataformas e encontros da indústria em festivais fora do país”, de modo a apresentar e explicar o trabalho dos agentes, fazendo-o “de forma articulada com outras entidades nacionais e regionais, como está já a acontecer, com a Portugal Film Commission e o turismo de Portugal”, ressalvou Guilherme Blanc.
O diretor do Departamento de Cinema e Imagem em Movimento da empresa municipal Ágora confirmou também a reabertura do Cinema Batalha para o início de 2022, que servirá como sede da Filmaporto Film Commission.
Enquadrado na atual dinâmica de produção de cinema, a Filmaporto propõe também apoiar o cinema financeiramente, através de um conjunto de cinco bolsas anuais. As bolsas apelidadas de “Neves e Pascaud” terão um valor de 20 mil euros. Esta ajuda surgiu “como forma de incentivo à dinâmica do setor e à própria empregabilidade do mesmo”, expôs Guilherme Blanc.
O diretor artístico do Cinema Batalha assegurou que “nem todas as produções audiovisuais devem ter o mesmo tipo de apoio por parte da cidade”, realçando que devem ser distinguidas conforme o seu propósito e a sua natureza fílmica. As cinco bolsas da Filmaporto pretendem apoiar a sétima arte produzida integralmente na Invicta e serão atribuídas através de um concurso avaliado por um júri externo.
O novo programa de financiamento vai ser discutido em reunião de Executivo, no dia 28 de junho. A equipa pretende lançar conjuntamente nesse dia o website da Filmaporto Film Commission.
Luís Araújo, o film commissioner da Filmaporto, explicou que o website tem um diretório onde os profissionais de cinema podem consultar o regulamento e informações para as filmagens no Porto. O objetivo é ajudar a equipa “a dar apoio a quem precise de recursos de filmagem na cidade, sendo eles agentes nacionais ou internacionais”.
O film commissioner adiantou que, nesta primeira fase, é previsto que “este diretório funcione de forma interna e que a partir do final de 2022 possa ser de acesso público, com as devidas garantias de privacidade e de respeito pelos dados pessoais”.
A página inicial promove ainda as características da Invicta e aquilo “que um realizador, ou um produtor nela podem encontrar e do que dela podem beneficiar tanto a nível geográfico, arquitetónico e cultural”, esclareceu Luís Araújo.
A Filmaporto quer servir de “interlocutora” entre a criação artística e a criação técnica, assim como simplificar e centralizar o processo administrativo, destacou Luís Araújo.
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, frisou, na apresentação da Filmaporto, que a cidade do Porto é “a cidade do cinema”, e, por isso, salientou ser necessário “cuidar constantemente deste património”.
“Neste sentido quisemos rever a forma como podemos ajudar, apoiar e impulsionar a produção de cinema daqueles que procuram, ou podem potencialmente procurar como cenário de realização, a cidade do Porto para desenvolver a sua atividade no setor do audiovisual”, vincou Rui Moreira, na sessão de apresentação da plataforma.
O presidente da Câmara Municipal do Porto ressaltou que a Filmaporto Film Commission é “um projeto que chega num momento particularmente interessante na dinâmica do cinema no Porto, no campo da produção, mas também no ensino e no acesso à exibição”.
Artigo editado por João Malheiro