Com a vacinação de pessoal docente e não docente a decorrer em modalidade de casa aberta de 6 a 9 de janeiro, para a qual é preciso uma senha digital, professores universitários continuam em dúvida sobre se serão elegíveis para este processo.

A resposta concreta a esta dúvida surge esta sexta-feira (7), com professores associados a denunciar ao Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP) terem sido “impedidos” da vacinação através desta modalidade, mesmo tendo sido possível a obtenção de senha digital através do sistema dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS). “[Os professores universitários] tiraram a senha digital, dirigiram-se aos centros de vacinação e tiveram a notícia de que não poderiam ser vacinados”, refere a presidente do SNESUP, Mariana Gaio Alves, contactada pelo JPN.

A líder sindical esclarece que têm estado “a aconselhar” os associados “a inscrever-se para a vacinação, se assim desejarem”, na falta de esclarecimento da parte da Direção-Geral da Saúde (DGS), que “não respondeu” ao sindicato sobre a inclusão neste processo, a decorrer antes do início do período letivo na segunda-feira, 10 de janeiro.

Uma situação “incompreensível”, diz, uma vez que “também os professores do ensino superior retomam atividades de ensino presenciais. É certo que o calendário é variável, mas não se compreende que, existindo ensino presencial, se considere que estes professores não precisam de ser vacinados”.

Uma dúvida “generalizada” por parte de professores e sindicato

A dúvida sobre a inclusão de pessoal docente neste processo de vacinação é “generalizada” e vem já desde o seu anúncio. “Desde o dia 4 de janeiro, quando foi noticiado este regime, que a dúvida se instalou. Aconselhamos toda a gente a tirar a senha digital e foi o que muitas pessoas fizeram. Contactamos a DGS para ter a confirmação desta inclusão, que era isso que nos faria sentido”, explica Mariana Alves. Em abril do ano passado, os professores e funcionários do superior tinham já ficado de fora do processo da época.

A presidente considera que as informações no portal são “pouco explícitas” face a esta questão. A página relativa à Covid-19 encontra-se atualmente em manutenção. Na aba para pedido de senhas digitais, que esteve em falha na quinta-feira mas já voltou a ser restabelecida, os profissionais da educação têm de preencher um formulário, para depois receberem no telemóvel a senha digital com número e horário da vacina, sendo necessário que se acompanhem de um documento comprovativo da profissão.

Contactado pelo JPN, o Ministério do Ensino Superior remete explicações para a Direção-Geral da Saúde. À DGS, o JPN pediu um comentário sobre esta situação, ao qual ainda não obteve resposta.