Normalmente, é só aos domingos. A partir desta terça-feira (11) e até 3 de fevereiro, será todos os dias. O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), no Porto, decidiu abrir as portas ao público e terá acesso gratuito durante todo o horário de funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00.

“A decisão prende-se com o facto de parte significativa das instalações estar com acesso condicionado devido à montagem da exposição de longa duração, cuja abertura está prevista para o final de março”, justifica o museu nas suas redes sociais.

Apesar desses condicionalismos de acesso, há alguma oferta para ver. Até 3 de fevereiro, estará patente a exposição Depositorium 2 dedicada à ligação da arte à medicina. A mostra temporária reúne obras de pintura, escultura, estamparia e desenho, escolhidas por representantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abela Salazar (ICBAS), da Faculdade de Medicina e da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e pelo próprio reitor da Universidade do Porto, a partir da coleção do MNSR.

Está também exposta a “peça do mês” – uma obra escolhida por votação dos seguidores das redes sociais do MNSR – que é, neste mês de janeiro, o Vendedor de Estatuetas, uma pintura a óleo sobre tela do século XIX, assinada por João Cristino da Silva (1829-1877). A exposição terá duas sessões comentadas nos dias 20 e 25 de janeiro, pelas 13h30.

Os jardins do MNSR, localizados nas traseiras do Palácio das Carrancas, estão também acessíveis, gratuitamente.

Para 3 de fevereiro está agendada uma nova exposição temporária. “Seja Dia Seja Noite Pouco Importa”, com obras e curadoria de Pedro Calapez e André Gomes. E para o final de março, de acordo com o museu, a nova exposição permanente.

A realização de obras e as regras de contenção da pandemia obrigaram o MNSR a estar de portas fechadas durante um longo período de tempo. O museu reabriu as portas em maio do ano passado e o novo diretor, António Ponte, adiantou na altura à Agência Lusa que, no lugar de uma exposição permanente, o museu passaria a ter exposições de longa duração – como a que agora está em montagem. Para ela, anunciou na altura o responsável, o MNSR contaria com a parceria do Plano Nacional das Artes.

Além das exposições de longa duração, António Ponte garantiu também um novo programa de exposições temporárias com “mais atrativos de visitação ao museu”.

Fundado em 1833, sob a égide de D. Pedro IV, o então Museu Portuense de Pinturas e Estampas, hoje MNSR, foi o primeiro museu público de arte de Portugal