Em comunicado, o Comité Olímpico Internacional pediu a todas as organizações desportivas para banirem a Rússia e a Bielorrússia de todas as competições. Atletas devem ser aceites, mas sem usarem símbolos nacionais, pede COI.

Portugal já tem 33 atletas apurados para Tóquio 2020.

COI pronunciou-se na segunda-feira. Aurelien Guichard

Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou, esta segunda-feira, que todas as federações e organizações desportivas internacionais banam a Rússia e a Bielorrússia de todas as competições, depois de várias entidades se recusarem a entrar nas mesmas caso os dois países sejam participantes.

No comunicado, lê-se: “Este é um dilema que não pode ser resolvido. Assim, o Conselho Executivo do COI considerou hoje, cuidadosamente, a situação, e com pesar, chegou à seguinte conclusão: De forma a proteger a integridade das competições desportivas globais, e para segurança de todos os participantes, o Conselho Executivo do COI recomenda que as Federações desportivas Internacionais e organizadores de eventos desportivos não convidem ou permitam a participação de atletas e oficiais russos e bielorrussos em competições internacionais”.

Acrescenta, ainda, que atletas representantes nacionais russos e bielorrussos, “sejam individuais ou equipas, devem ser aceites apenas como atletas ou equipas neutras, sem símbolos nacionais, cores, bandeiras ou hinos nacionais exibidos”, permitindo, assim, a participação de atletas russos e bielorrussos, desde que não sejam associados ao seu país.

No comunicado, o COI expôs ainda a sua admiração pelos atletas que se pronunciaram contra a invasão russa e contra o regime do seu país: “O COI admira e apoia em particular os pedidos de paz feitos por atletas russos”.

O Comité aproveitou ainda para reiterar o pedido de cancelamento ou alteração de local das provas a decorrer na Rússia e na Bielorrússia, emitido há três dias. “O Conselho Executivo do COI mantém a sua recomendação urgente de não serem organizados nenhuns eventos desportivos na Rússia ou na Bielorrússia, emitida a 25 de fevereiro de 2022”.

Ainda no comunicado, o COI afirma ter retirado a Ordem Olímpica a “todas as pessoas que têm atualmente uma importante função no governo da Federação Russa ou de outras posições elevadas relacionadas com o governo”, incluindo nessa lista o presidente da Rússia Vladimir Putin, o vice primeiro-ministro Dmitry Chernyshenko e o chefe de gabinete Dmitry Kozak, que tinham recebido a distinção depois da cidade russa de Sochi sediar os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014.

Artigo editado por Filipa Silva