Esta sexta-feira (1), arranca no Porto a terceira edição do Elétrico. Um festival que aposta num ambiente diferente: familiar e eminentemente diurno. O recinto do festival volta a estar montado no Parque da Pasteleira e o programa de atuações conta com 20 artistas, nacionais e internacionais, divididos pelos três dias do evento (1, 2 e 3 de julho).

Para além dos espetáculos musicais, agendados para o espaço “Music”, o recinto vai ter mais quatro áreas: “Start”, “Energy”, “Art” e “Kids”. No palco principal, vão atuar DJ e produtores mundialmente conhecidos como Floating Points, Francesco Del Garda, DJ Kose, Raresh, KinK, entre outros. Também vai marcar presença Rui Vargas, um artista português que esteve presente em todas as edições do Elétrico.

O festival promete uma experiência “única” e “irreverente” na Invicta, com múltiplas atividades, desde meditação e yoga (“Energy”) até uma área dedicada a atividades infantis (“Kids”). Também vai ser possível visitar a feira de arte do festival, onde alguns criadores vão poder divulgar os seus trabalhos, e acompanhar ao vivo artistas de street art a pintar as vedações do recinto (“Art”). Por último, o “Start” será um espaço reservado para a inovação e sustentabilidade e mostrar alguns projetos dessa área.

Vítor Magalhães, da organização do festival, conta ao JPN a história por detrás da escolha do Parque da Pasteleira, o espaço verde onde acontece o Elétrico. “Quando nos falaram do Parque da Pasteleira, nós fomos também vítimas do estereótipo do nome ‘Pasteleira’ e fomos os primeiros, enquanto promotores, a achar que o espaço podia não ser adequado ao que íamos fazer”.  No entanto, após visitarem o Parque por acidente, perceberam que se adequava ao conceito do festival e arriscaram.

O risco compensou, na opinião de Vítor Magalhães: “Quase toda a gente que veio ao festival ficou muito surpreendido com o parque, com a beleza que tem. Isso tornou-se positivo, porque ajudou a desmistificar este estereótipo e mostrou à cidade que existe um parque muito bonito, que é seguro e está praticamente no centro”.

No que toca ao investimento, houve “algum crescimento, mas não com uma diferença exponencial”, comparativamente a 2019.

Vítor Magalhães acrescenta ainda que “há espaço para este tipo de festivais durante o dia e em espaços verdes.” E que “festivais e música não têm de estar sempre conotados com a noite”. A organização espera que o festival cresça e que “esta aposta na diversidade de públicos seja uma aposta ganha e que se consiga conjugar públicos e gerações diferentes”.

Em relação ao preço, o bilhete diário tem o custo de 30 euros e o passe dos três dias, 65 euros. Crianças até aos 12 anos não pagam entrada. No que toca aos horários, o Elétrico apostou numa experiência maioritariamente diurna. Na sexta-feira (1), a abertura do recinto dá-se às 14h00 e termina à 01h00. No sábado (2), a hora de encerramento mantém-se (01h00), porém as portas abrem às 11h00. No domingo (3), o festival realiza-se entre as 10h00 e as 23h00.

Artigo editado por Filipa Silva