O parque de estacionamento da FAUP e o parque junto à casa cor-de-rosa, no Campo Alegre, vão ser fechados, devido às obras da Linha Rubi. Os parques de estacionamento albergavam mais de 300 carros e os estudantes estão agora preocupados com a falta de alternativas. Segundo a FAUP, ainda não existe uma data para a conclusão da obra.
Os estudantes e docentes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), que utilizam o parque de estacionamento da FAUP e o parque junto à casa cor-de-rosa, no Campo Alegre, têm de encontrar em breve uma alternativa. Os parques vão ser encerrados, devido às obras da Linha Rubi.
A Metro do Porto informou a Faculdade de Arquitetura do Porto de que os trabalhos das obras da Linha Rubi iniciariam em breve e que o estacionamento ficaria condicionado, junto à casa cor-de-rosa e no parque de estacionamento da FAUP, que, em conjunto, albergam mais de 300 carros.
A comunidade académica da FAUP foi informada a 16 de fevereiro sobre o condicionamento de estacionamento, através de uma comunicação via email. “Neste momento não temos confirmação sobre alternativas de estacionamento”, disse Teresa Calix, vice-diretora da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.
O encerramento do parque de estacionamento junto à casa cor-de-rosa, que estava, inicialmente, previsto para 19 de fevereiro, ainda não aconteceu. Em declarações ao JPN, a Metro do Porto disse que ainda não há data para o encerramento do parque gratuito, podendo ainda “demorar algum tempo“. Já o parque de estacionamento da FAUP deverá encerrar a partir de 4 de março.
Estudantes estão preocupados com a falta de alternativas
Uma estudante da FAUP referiu, em declarações ao JPN, que já tinha sido feito um aviso de que só era possível comprar-se parque na FAUP durante um semestre, “mas pensámos que mais perto da data da obra nos dessem alternativas”. A aluna sugeriu algumas opções que poderiam ter sido adotadas, como “o Planetário transformar-se num parque não pago ou a zona dos reboques ser aberta”. No entanto, a direção da faculdade não apresentou alternativas, o que “não é suficiente”, porque “preciso de saber onde vou pôr o carro”.
Na FAUP, a notícia que dava conta do encerramento começou a circular há um ano, contudo, só agora foram informados das possíveis datas em que vai ocorrer esse condicionamento. Abel Sereno, aluno da FAUP, estacionava no parque da FAUP e a alternativa agora é “vir de metro ou pôr ao pé da ponte, onde o estacionamento é proibido”.
Já Tiago Gomes, estudante da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, teve conhecimento de que o parque junto à casa cor-de-rosa seria encerrado, através do arrumador de carros. Ao JPN, o estudante confessa que “vai trazer muitos constrangimentos mesmo ao nível de trânsito”.
Ricardo Ferreira, estudante na Licenciatura de História na FLUP, foi informado também pelo “arrumador oficial”: “vais deixar de puder pôr o carro aqui”. A alternativa é estacionar na Rua da Pena onde “só cabem sete carros” ou estacionar no parque do Planetário “que é pago, havendo pessoas sem condições para pagar”. À conversa com um amigo, o estudante confessa, no entanto, que não lhe custa tanto quanto para outras pessoas que estão na faculdade com apoios.
Com o encerramento dos dois parques de estacionamento, a preocupação é que não exista uma solução para todos os que estacionavam nesses dois locais. Ricardo Ferreira propõe uma negociação com as direções das faculdades ou com o reitor da Universidade do Porto (UP), “porque existem pessoas da FLUP, FCUP (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) e FAUP a estacionar e ainda pessoas que trabalham em empresas aqui perto que não têm garagens”. O aluno atribui responsabilidade à Câmara do Porto”, porque “o problema já extrapola o nível universitário”.
Segundo a vice-diretora da FAUP, prevê-se que a obra vá “ser demorada”, não existindo uma data para a conclusão das obras da Metro do Porto. No entanto, como a obra é financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem que estar pronta até às 24h00 do dia 31 de dezembro de 2026.
Editado por Inês Pinto Pereira