O Queimódromo vai encher para ouvir Quim Barreiros e Xutos & Pontapés. Os bilhetes para as noites de terça-feira e sábado esgotaram num ápice: a primeira porque é no dia do cortejo e a segunda porque encerra os concertos da Queima das Fitas.

De acordo com Ivo Santos, vice-presidente da Federação Académica do Porto, a grande afluência deve-se “à forte divulgação na comunicação social” e ao Processo de Bolonha “que antecipou o fim do curso para muitos estudantes, o que acaba por trazer mais gente para a Queima das Fitas”.

O primeiro dia recebeu 40 mil visitantes, o mesmo número previsto para o segundo.

Estudantes pouco moderados

São oito dias de excessos, com o copo sempre cheio para ajudar à festa. E como muitos ultrapassam os limites do recomendável, a passagem pelo posto médico é uma inevitabilidade.

Este ano, o apoio médico está ao cargo da Unimed, um grupo de saúde privado. No primeiro dia, os enfermeiros não tiveram mãos a medir. Pelo posto médico passaram 59 pessoas, todas com o mesmo problema: etilismo agudo, o que na prática significa excesso de álcool.

“As pessoas ficam com a ideia de que havendo um posto médico, podem facilitar”, explica ao JPN José Teixeira, o enfermeiro responsável pelo serviço.

A maior afluência regista-se após os concertos. Alguns ficam lá por pouco tempo, outros precisam mesmo de uma viagem até ao hospital. “Às 6h30 fazemos a triagem, se ainda houver doentes têm que ser levados até ao hospital”, revela José Teixeira que pede “toda a moderação” aos estudantes.