Os alunos e funcionários da Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto (ESTSP) e do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto foram surpreendidos hoje, sexta-feira, a meio da manhã, por uma explosão no interior do edifício que partilham, na Praça Coronel Pacheco, no Porto.

O alarme não disparou e a evacuação do local fez-se com avisos de porta em porta nas várias salas de aula por funcionárias e alunos. Passados poucos minutos de o edifício ter sido evacuado, chegaram as corporações de bombeiros (três carros dos Sapadores Bombeiros do Porto e um carro dos Bombeiros Voluntários da cidade).

Segundo as funcionárias da secretaria do curso de Ciências da Comunicação, a explosão sentiu-se de forma intensa no rés-do-chão do edifício. “Ouvimos um grande estrondo, que fez abanar as secretárias e as janelas. Depois de chamarmos os bombeiros, saímos a correr”, contou ao JPN Ana Paula Pereira.

Joana Miranda, da televisão interna da universidade UPmedia, estava a trabalhar no seu gabinete quando olhou pela janela e se apercebeu das chamas. “Vi labaredas e assustei-me. Estava a trabalhar e vi chamas e fumo numa sala. Desci a correr a avisar que estava a arder”, descreveu. Alguns docentes, que davam aulas no 1.º piso, não se aperceberam do ocorrido.

A directora do ESTSP, Maria João Cunha, disse aos jornalistas não perceber porque é que o alarme não accionou.

Inquérito à origem do fogo

A intervenção dos bombeiros foi rápida e fez-se de uma forma ordenada. Não houve feridos. Apenas uma aluna, que ficou mais tempo retida no edifício, teve alguns momentos de pânico, mas foi devidamente acompanhada pelo INEM, que estava no local com duas viaturas.

Segundo o chefe Francisco Figueiredo, do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, os estragos cingiram-se a algumas cadeiras e à pintura da sala onde deflagrou o incêndio. Quanto à origem do fogo, ”terá que ser apurada pelas entidades competentes”. Acrescentou ainda que “o grande problema esteve relacionado com os fumos tóxicos, pois havia cadeiras que eram almofadadas e originaram muitos fumos”.

Por volta das 12h10, os bombeiros abandonaram o local e o edifício foi fechado, sendo só permitida a entrada de funcionários e de agentes da polícia, para avançarem com as investigações. A escola reabriria às 14h00.