O Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) acusa a Hisautrab de fraude clínica, depois do diagnóstico errado devido à falta de pessoal qualificado para fazer rastreios. A Comissão Parlamentar do Trabalho vais receber o SCTS dia 28 de Fevereiro na Assembleia da República.

As acusações de fraude clínica feitas pelo Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde têm como base os exames de rastreio de doenças cardiovasculares realizados pela Hisautrab (Higiene e Saúde no Trabalho, Lda.), a dois trabalhadores saudáveis, de 20 e 29 anos.

Os exames realizados aos dois trabalhadores revelaram um enfarte do miocárdio inexistente. A queixa vai ser apresentada esta sexta-feira ao Ministério Público (MP).

Almerindo Rego, presidente do SCTS, afirma que a “generalidade das pessoas que estão a fazer exames de rastreio não têm qualquer formação dando diagnósticos que nada têm a ver com a realidade.

Em Janeiro deste ano, o MP de Bragança constituiu como arguidos um médico e um técnico de higiene e segurança no trabalho de co-autoria de crime de usurpação de funções próprias de um cardiopneumologista.

O SCTS denunciou ao MP que os técnicos de higiene e segurança no trabalho não têm habilitações para a realização de alguns exames, como electrocardiogramas e espirometrias, que devem ser realizados por cardiopneumologistas. “É uma situação generalizada neste tipo de serviços”, afirma o Almerindo Rego, que defende que uma das soluções passa pelo licenciamento deste tipo de serviços feito pelo Ministério da Saúde.

Contactado pelo JPN, o Ministério do Trabalho não responde às acusações, tal como a Comissão Parlamentar do Trabalho.