A Casa das Artes, de Eduardo Souto de Moura, foi projectada e construída entre os anos de 1981 e 1991. Inicialmente, o edifício funcionou como uma sala de cinema e albergava, também, apresentações de exposições e de peças de teatro. A Casa das Artes encerrou há já vários anos e permanece, até agora, sem qualquer tipo de programação.
Perante as notícias de que o edifício, situado na Rua de Ruben A, seria utilizado para receber o pólo da Cinemateca Portuguesa no Porto, procedeu-se a uma avaliação da casa para perceber quais as alterações necessárias. A Casa das Artes sofreu, há algum tempo, um desabamento parcial do tecto e encontra-se num estado de degradação avançado, pelo que as obras de reestruturação do edifício são imprescindíveis para a sua reabertura. Entre as obras necessárias, encontram-se a correcção do telhado, a construção de acessos para pessoas com mobilidade reduzida e a adaptação da sala de projecção.
Alexandre Alves Costa, arquitecto, considerou o edifício como “polivalente” e referiu como pontos fortes “a sala de cinema” e uma outra sala “que serve para fazer conferências e eventos”. “É um edifício muito simples e tem bastante flexibilidade”, acrescentou o arquitecto português.
Em Março de 2010 foi aprovado o decreto-lei que previa a criação deste espaço. Passado um ano, as obras ainda não estão terminadas e não há uma data prevista para a inauguração da Casa do Cinema do Porto, nome previsto para o pólo da Cinemateca no Porto.
Para Alexandre Alves Costa, não se pode considerar um ano muito tempo, porque é importante não esquecer os “graves problemas financeiros” do país. Para além disso, não é uma tarefa “fácil estabelecer um projecto de criação da Cinemateca no Porto”. São questões que levam o seu tempo e que “não podem ser resolvidas à pressa”, afirma.
Apesar das tentativas, o JPN não conseguiu, em tempo útil, falar com ninguém responsável pela Direcção-Geral das Artes, nem da Cinemateca de Portugal.