Na plataforma do voluntariado podemos ver quem ajuda, quais as “tarefas” e “missões” que há para executar e que “grupos de trabalho” é que estão a precisar de colaboradores.
Na página da Universidade do Porto (UP) estão discriminados os organismos que procuram voluntários. São alguns deles o GIVE, Grupo de Intervenção, Voluntariado e Envolvimento, o GEV, Grupo de Estudantes Voluntários da Faculdade de Direito da UP, a VO.U., Associação de Voluntariado Universitário, o NEV – Núcleo de Estudantes Voluntários da FEP e oG.A.S.Porto, Grupo de Ação Social do Porto.
Desde ajudar quem mais precisa a colaborar na promoção de atividades culturais, são várias as “tarefas” disponíveis no site. Há 300 “migos” que seguem os projetos e o número de inscritos continua a crescer.
Voluntariado da FEP para o mundo
O Núcleo de Estudantes Voluntários da Faculdade de Economia da UP é um dos grupos que divulga os seus projetos e quais as necessidades de colaboração na plataforma. Criado no ano letivo de 2001/2002, desenvolveu uma “estrutura formal com cerca de 40 estudantes, divididos em departamentos”, explica Márcia Gonçalves, responsável pela Academia de Competências da FEP, que gere o grupo.
Neste momento têm 38 estudantes que trabalham em “projetos para o exterior da FEP, ou seja, para além de criar e colaborar em projetos para a comunidade académica, não só ao nível académico e social mas também ao nível logístico e técnico, começámos a dinamizar projetos para o exterior”, como consultoria e gestão interna de Organizações Não Governamentais (ONG).
Os projetos são contínuos e o grupo exige um compromisso sério por partes dos estudantes. “Nem todos os que querem, conseguem”, avisa Márcia Gonçalves. No ano passado, para 19 vagas foram apresentadas 55 candidaturas, “portanto a adesão é bastante boa”.
Ana Catarina Rodrigues, estudante de 19 anos da FEP e atual Chief Financial Officer (CFO) do NEV, tem como funções “gerir o seu património, realizar parcerias com entidades externas, tratar da orçamentação e da criação de formações para os membros”, diz.
“O projeto do NEV mais diferente e inovador é a consultoria a ONG”, afirma a estudante. Neste projeto, resolvem os problemas que as organizações têm, contactando “com a realidade dessas instituições e tentando perceber em que podemos ajudar”.
Os estudantes têm de fazer um esforço para conciliar os estudos com o tempo que dedicam ao grupo. “É complicado porque temos muitos projetos, cerca de 15 ao mesmo tempo”. “Além de realizarmos algo na nossa área de formação, como o de consultoria, também temos o voluntariado que é um acréscimo e um prazer”, remata.
Voluntário por um dia
Um dos projectos promovidos pela FEP dá a oportunidade aos estudantes de “fazerem voluntariado sem terem obrigatoriedade e compromisso que têm de ter se estiverem inscritos numa instituição”, explica Márcia Gonçalves. A atual base de dados ronda os 120 voluntários e o grupo faz a intermediação entre as necessidades das instituições e a disponibilidade dos jovens.
“São iniciativas pontuais, podem ser rondas noturnas ou recolha de donativos” em colaboração com o Banco Alimentar e a Cáritas, explica.
Mas Márcia Gonçalves garante que quem participa acaba por voltar: “Normalmente repetem sempre a experiência”. Quem gosta da ação e quer dar continuidade pode optar por fazer voluntariado no estrangeiro, recorrendo à formação e competências já adquiridas nos projetos portugueses.