O Prémio Nobel da Paz, que distingue indivíduos ou instituições por ações de benificiência humanitária, bateu este ano o recorde de candidaturas. Até ao dia 1 de fevereiro, data limite para submeter as propostas, foram recebidas 376. Este número representa um aumento de 98 candidaturas face ao último recorde, em 2014.
Após um período de observação, que decorre entre fevereiro e março, há uma triagem feita pelo júri que resulta na lista final de candidatos. Até agosto esta lista volta a sofrer um processo de análise e em outubro são escolhidos os candidatos. A entrega do Nobel da Paz acontece em dezembro em Oslo, na Noroega. As restantes categorias vão ser distinguidas em Estocolmo, na Suécia.
Qualquer pessoa pode concorrer?
O prazo de entrega de candidaturas decorre de setembro a fevereiro, mas nem todas são válidas. Só são aceites quando enviadas por membros do parlamento ou governo, membros de tribunais internacionais, reitores de universidades e professores ou diretores de institutos políticos internacionais.
As candidaturas sugeridas por anteriores vencedores do prémio, administradores de instituições vencedoras e atuais ou antigos membros do Comité Nobel norueguês também são consideradas. As autocandidaturas não são aceites.
A mais nova distinção do Nobel da Paz foi Tawakul Karman, em 2011. O critério foi o facto de a mulher de 32 anos ser membro do partido islâmico Al-Islah e líder da organização “Mulheres Jornalistas Sem Correntes”, um grupo que defende a liberdade de expressão.
O mais velho a levar a medalha foi Joseph Rotblat, um físico britânico que aos 87 foi distinguido pela sua luta contra o uso de armas nucleares, em 1995.
Artigo editado por Sara Gerivaz