As obras nas ruas do Rosário, do Breiner e de Miguel Bombarda para a renovação de infraestruturas da Águas do Porto podem não avançar. Apesar de os moradores e os comerciantes terem sido notificados, durante esta terça-feira, do aviso de obras que as ruas iam sofrer, a empresa municipal disse, em entrevista ao JPN, que a “decisão de suspender a obra foi colocada em cima da mesa durante o dia de hoje” e que “em princípio a obra não vai avançar, pelo menos de momento”.
Muitos dos moradores e dos comerciantes das ruas do Rosário, do Breiner e de Miguel Bombarda receberam, esta terça-feira, um aviso de obras da Águas do Porto. A carta notifica as intervenções nas ruas que se enquadram na “gestão da rede de abastecimento de água, águas residuais e águas pluviais e com o objectivo de melhorar o funcionamento destas infraestruturas na cidade” e que vão decorrer entre abril de 2017 e janeiro de 2018. Segundo o aviso de obras, a Rua do Rosário vai sofrer um corte total de trânsito e a proibição de estacionamento e a Rua do Breiner e a Rua Miguel Bombarda vão sofrer apenas a proibição de estacionamento. Em todas as ruas a obra vai decorrer por fases “no sentido de minimizar os inevitáveis transtornos causados”.
“Um sacrifício imenso”
Os vários comerciantes foram apanhados de surpresa e são várias as dificuldades que receiam sentir aquando das obras. É comum a todos o medo da perda do negócio, dos clientes e do movimento tão necessário. “Vai ser prejudicial para o negócio e vai provocar dificuldades imensas”, afirmou um dos comerciantes. “Faz-me confusão porque a rua do Rosário já teve obras há relativamente poucos anos, a rua foi toda levantada e não entendo como é que a estas intervenções não foram feitas na altura”, acrescentou.
Um outro comerciante referiu, também, as obras realizadas há alguns anos e afirmou que esta intervenção é “estragar o dinheiro do contribuinte porque se fosse do bolsos deles faziam as coisas todas necessárias de uma só vez”. O lojista foi “completamente apanhado de surpresa” e disse que as lojas “já passaram um sacrifício imenso e que agora vai ser, novamente, a mesma coisa”.
A empresa de águas municipal, relativamente, às obras realizadas na rua do Rosário há uns anos atrás, refere que não estavam relacionadas com as “infraestruturas ligadas à Águas do Porto”.
Para os moradores as principais preocupações centram-se nas entradas das garagens e dos estacionamentos, nos acessos e no trânsito que prevêem ser “caótico”.
A Águas de Porto afirma haver “uma indefinição relativamente ao avanço da empreitada, porque em princípio a Câmara do Porto vai suspender as obras” e que até ao final da semana serão comunicadas novas informações.
Artigo editado por Rita Neves Costa