A seleção nacional de andebol feminino volta a competir, esta quinta-feira, no primeiro de dois jogos frente à Eslováquia para a qualificação do Euro 2022. Portugal joga a terceira jornada e espera somar a primeira vitória frente a “uma grande seleção”. Ao JPN, Bebiana Sabino, capitã das portuguesas, fez uma antevisão dos próximos encontros.
Bebiana Sabino é a capitã da seleção nacional de andebol feminino. Foto: FPA/Facebook
O Multiusos de Paredes recebe, esta quinta-feira, a terceira jornada da qualificação para o campeonato da europa de andebol feminino. Pelas 19h00, as comandadas por José António Silva entram em campo para ganhar, depois dos dois jogos anteriores não terem corrido como pretendido.
Nas outras jornadas, Portugal perdeu frente à Hungria (34-24) e à Espanha (22-23), outros adversários do grupo 5. A Eslováquia, que ainda só entrou em campo uma vez, também ainda não somou pontos, depois de ter perdido frente às espanholas (33-28).
Já a pré-qualificação, que coincidiu com a mudança de treinador na seleção portuguesa, foi totalmente vitoriosa – Portugal foi superior ao Kosovo, Chipre e Luxemburgo.
Mudança de selecionador “abanou” a estrutura
Ao JPN, Bebiana Sabino, capitã da seleção nacional de andebol feminino, contou que a vinda de José António Silva, que assumiu o cargo em maio do ano passado, “abanou internamente o sistema”.
Para a atleta do Colégio de Gaia, o ex-treinador do Águas Santas “promoveu um maior rigor e comprometimento das atletas”. Para além disso, houve um incremento na competitividade que foi também, na ótica da pivô, algo que teve impacto sobre o modelo de jogo.
Confronto decisivo para as contas da qualificação
A preparar a primeira mão frente à Eslováquia, Bebiana Sabino salientou que o objetivo é ganhar, mas frisou que existe a plena noção que do outro lado há “também uma grande seleção”.
“Se fossemos ver uma casa de apostas, pagaria muito mais a vitória de Portugal, porque é o que ninguém espera, dado o ranking das duas seleções”, afirmou – Portugal encontra-se na posição 32.ª posição, enquanto a Eslováquia é 21.ª.
Para a jogadora, o adversário tem atletas que jogam nos melhores e mais competitivos campeonatos da Europa e que, por si só, elas, “do ponto de vista individual, têm pontos que são uma mais-valia, que Portugal não tem”. As ligações sólidas da segunda e primeira linhas de finalização com a pivô são um dos ponto fortes da Eslováquia, algo que “tem de ser contrariado”.
Para além disso, a Eslováquia “tem rotinas competitivas completamente distintas de Portugal.” Portanto, ”ao nível do jogo internacional estão muito mais rotinadas”, frisou Bebiana Sabino.
Sobre a convocatória, que sofreu alterações relativamente às outras jornadas, a internacional portuguesa deixou bem clara a sua opinião. “Nós habituamo-nos a jogar com quem está disponível e é com essas que nós vamos competir”. De referir o regresso de Patrícia Rodrigues ausente durante dois anos e meio, devido a lesão.
Quem passa à fase seguinte?
À já qualificada Noruega, atual campeã europeia, e às seleções anfitriãs do Euro – Eslovénia, Macedónia do Norte e Montenegro – vão juntar-se os dois melhores classificados de cada grupo.
O melhor terceiro lugar de todos os grupos também tem apuramento direto, no entanto, como ressalva Bebiana Sabino, face à presente situação da Rússia e da Ucrânia “essa questão poderá estar um pouco condicionada”.
O próximo jogo de Portugal está marcado para esta quinta-feira (19h00, com transmissão no Canal 11), frente à Eslováquia, terceira classificada do grupo, ainda sem pontos somados, no Multiusos de Paredes. As seleções voltam a encontrar-se no domingo (6), pelas 14h00, no Mestská Sportová Hala Topolcany, na Eslováquia.
Artigo editado por Filipa Silva
