O circuito Super Bock Super Nova arranca este sábado no Maus Hábitos e vai ter Tó Trips ao leme. Ao JPN, o guitarrista e compositor, que se estreia a solo na sala portuense, promete "material novo" e "malhas do Tó Trips".

O Super Bock Super Nova arranca para mais uma edição já este sábado (19), no Maus Hábitos, no Porto. O circuito de música ao vivo passa ainda pela Sociedade Harmonia Eborense (Évora), pelo Stereogun (Leiria), pelo Salão Brazil (Coimbra), pelo Carmo 81 (Viseu) e pelo Gretua (Aveiro). No palco portuense, vão atuar Tó Trips, Unsafe Space Garden e Clementine.

O guitarrista, nascido em Lisboa, já passou pelos Maus Hábitos este ano com Club Makumba – o seu mais recente grupo – e em anos anteriores com os Dead Combo e Tiago Gomes, entre outros. Este sábado, estreia-se a solo no palco portuense. Tó Trips, fascinado por viagens, sejam elas reais, internas ou imaginárias, sempre andou na estrada, mesmo em tempos de pandemia. Já vai tocar ao Porto desde os anos 80, “do tempo do Aniki Bóbó” [histórico bar da Ribeira do Porto], e por isso vê a invicta “como uma cidade muito querida, familiar” e que conhece “bem”.

Ao JPN, Tó Trips, co-fundador de projetos como os Lulu Blind ou os Dead Combo, revelou o repertório que vai levar ao concerto: “São malhas do Tó Trips, umas antigas, outras novas que vão sair num disco a solo ainda este ano. Musicalmente, é material novo. É isso que ando a tocar. Meto algumas do álbum Surdina, há uma do primeiro disco, mas basicamente é tudo material novo”.

“Para mim um palco é um palco: sou igual num palco para 25 mil pessoas, como para cinco ou seis ou para uma como já toquei”, salienta o guitarrista. Por já ter tocado em vários palcos, uns com dimensões mais pequenas, outros maiores, como o festival Paredes de Coura, o artista sublinha que a maior diferença é: nos palcos mais pequenos, por estar mais próximo do público, há um lado mais intimista, enquanto “um palco maior tem outra logística e tem esse lado de as pessoas estarem um bocado mais afastadas, mas é um outro tipo de celebração”.

Para Tó Trips estes concertos que privilegiam espaços com dimensões mais pequenas são importantes sobretudo para quem está em início de carreira. “Sempre apoiei e acho que é necessário haver esses sítios onde o pessoal novo pode apresentar os seus primeiros trabalhos. É onde germinam todas as novas bandas”, explica. Para além disso, o Super Nova junta vários artistas de várias regiões, o que para o guitarrista acaba por ser uma iniciativa eclética que abre várias oportunidades para os artistas partilharem a sua arte e, por isso, bastante saudável.

Cartaz Super Bock Super Nova 2022

O concerto deste sábado conta ainda com o trio Clementine, que surgiu em 2015 pela mão de Shelley Barradas (a.k.a. Frankie Wolf) e Helena Fagundes (a.k.a. Lena Huracán). Mais tarde, juntou-se a baixista Chris Bernardes e, daí, surge “Motorhome”, disco com 7 músicas inéditas e uma versão remix de “Absolute Demolition”. E, por fim, os Unsafe Space Garden, trio nascido na cidade de Guimarães, com três discos já editados: “Bubble Burst”, “Guilty Measures” e, o mais recente, “Bro, You Got Something In Your Eye”.

Ao longo das suas sete edições, a Super Bock Super Nova potenciou a circulação de mais de 30 bandas, num total de 90 concertos realizados em bares de música ao vivo por todo o país. Focando-se num público acompanhante das novas tendências e sonoridades da indústria musical portuguesa, a iniciativa já agregou mais de 19.000 pessoas.

Segundo a nota de imprensa, o objetivo desta iniciativa é aproximar a marca Super Bock ao território da Música, “através da aposta contínua em projetos inovadores, que apresentam artistas e bandas nacionais emergentes de diferentes géneros musicais”.

Os bilhetes para cada concerto custam 3 euros, à exceção do Maus Hábitos, onde a entrada é livre.

Programação 8.ª edição Super Nova: 

  • 19 março, Maus Hábitos Porto
  • 2 abril, SHE, Évora
  • 16 abril, Stereogun, Leiria
  • 23 abril, Salão Brazil, Coimbra
  • 21 maio, Carmo 81, Viseu
  • 28 maio, Gretua, Aveiro

Artigo editado por Filipa Silva