Depois de dois anos sem a festa dos estudantes, a Queima das Fitas está de volta, de 1 a 7 de maio. Kevinho, Diogo Piçarra, Ana Malhoa e Profjam são alguns dos nomes mais sonantes do cartaz da 100.ª edição.
Ana Malhoa na Queima das Fitas do Porto, em 2016. Foto: Henrique Vieira Mendes
A Queima das Fitas do Porto está de volta naquela que será “uma edição memorável” com um “cartaz reforçado e diferenciado”, disse Ana Gabriela Cabilhas, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), à agência Lusa. A montagem das estruturas no Queimódromo começa esta terça-feira (5), recinto que vai receber, de 1 a 7 de maio, artistas nacionais e internacionais, como o rapper português Profjam ou o cantor e compositor brasileiro Kevinho.
Também os portugueses Diogo Piçarra, Capitão Fausto, Quim Barreiros, Ana Malhoa, Wet Bed Gang, Nenny, Julinho KSD, Dillaz ou Revenge of the 90’s, vão pisar o palco no recinto do Queimódromo. Nos nomes internacionais, além de Kevinho, atua o duo israelita Vini Vici.
Além do palco principal, surge como uma das novidades um palco secundário. A nova aposta pretende funcionar “como uma alternativa cultural”, onde a música nacional e a comédia de stand up “vão ser o foco”, refere a presidente da FAP.
Segundo a organização, são esperadas 200 mil pessoas no total das noites no Queimódromo. Na Monumental Serenata, que acontece de sábado para domingo, prevê-se a presença de 60 mil pessoas; na Missa da Bênção das Pastas 30 mil pessoas; e no Cortejo, na terça-feira – que ainda tem o percurso a ser definido, devido às obras na Baixa -, são esperadas cerca de 400 mil pessoas.
Depois da venda de bilhetes exclusiva para estudantes ter esgotado, também os passes semanais chegaram ao fim. Agora, restam os bilhetes diários, que já estão disponíveis para venda online no site da Queima das Fitas. O preço está fixado nos dez euros e aumentará nos dias anteriores à abertura do recinto.
Haverá, no entanto, outras formas de comprar bilhetes. A bilheteira do Queimódromo vai funcionar entre os dias 26 e 29 de abril, das 10h00 às 20h00, e entre os dias 30 de abril a 7 de maio, das 13h00 às 04h00. Os bilhetes comprados no local vão estar sujeitos a uma taxa de serviço e impressão, o que acresce um euro ao valor.
Uma das mais responsáveis, sustentáveis e memoráveis edições, reforça a organização
Nesta 100.ª edição, o espaço do Queimódromo foi reorganizado em parceria com as Câmaras do Porto e de Matosinhos, com a missão de promover uma maior segurança e, também, reduzir o impacto do ruído na zona exterior ao recinto.
Com uma reconfiguração do recinto, este ano a zona lounge e de restauração da Queima das Fitas vai aumentar de 300 para 1.500 participantes, mantendo as tradicionais “barraquinhas”, adiantou a presidente da FAP.
O Queimódromo vai contar com o Centro de Operações Centralizado, elementos da PSP, Proteção Civil, Bombeiros, entre outras estruturas. Será também criada uma linha de apoio através do WhatsApp para comunicar diferentes ocorrências que possam surgir.
A Queima das Fitas começou no ano de 1920, com a Festa da Pasta, celebração iniciada pelos estudantes de Medicina da Universidade do Porto. Hoje, a Queima é uma organização da Federação Académica do Porto e, este ano, assinala a 100.ª edição, depois de ter tido as duas últimas edições canceladas devido à pandemia.
A situação epidemiológica levou a FAP a cancelar o evento por dois anos consecutivos, em 2020 e 2021. A incerteza perante a evolução da pandemia à época impediu a realização da semana de celebração dos estudantes, tradicionalmente agendada para a primeira semana de maio.
Artigo editado por Tiago Serra Cunha
