A seleção nacional de andebol vai defrontar os Países Baixos, esta quinta-feira, no primeiro de dois jogos para a qualificação do Mundial de 2023. Ao JPN, Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional, fez uma antevisão dos encontros frente aos neerlandeses.

Paulo Jorge Pereira confia no apuramento da seleção portuguesa para o Mundial do próximo ano.

O Portimão Arena vai receber, esta quinta-feira (14), a primeira mão do play-off de acesso ao Mundial de Andebol de 2023. Portugal e Países Baixos vão lutar por uma vaga numa das maiores competição de seleções do mundo.

Depois de Portugal ter ultrapassado a Suíça, a seleção neerlandesa é o último obstáculo no acesso ao Mundial. Ao JPN, Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional, salientou que o facto de os lusos terem vencido “de forma esclarecedora” os suíços, faz com que a mente dos jogadores “comece logo a voar mais alto”, algo com que é preciso ter “cuidado”.

As expectativas para o encontro são boas, mas o técnico reconhece que serão “duelos de alto nível”. “Estamos a jogar a alto nível, outra vez. Com um grau de otimismo elevado e, em alguns detalhes, algum pessimismo, no sentido de nos focarmos naquilo que temos de resolver”, referiu.

Paulo Jorge Pereira ainda tem na memória a derrota face a esta seleção na fase de grupos do Euro 2022. Na altura, e face “aos muitos constrangimentos” que levaram à atípica preparação da competição, Portugal acabou por perder por um golo (32-31).

Agora, num novo confronto, o técnico afirmou estar “convencidíssimo” que a seleção vai “seguir em frente e depois jogar o mundial” caso os heróis do mar consigam melhorar “alguns detalhes em relação ao jogo do Europeu”.

As armas da Laranja Mecânica

Ao nível individual, Paulo Jorge Pereira destacou Luc Steins, central do Paris Saint-Germain, e Kay Smits, lateral do SC Magdeburgo, como duas das grande figuras do adversário. Apesar disso, salientou que a seleção portuguesa é dotada também de “atletas de eleição”. “Portanto, as coisas estão, nesse aspeto, em termos teóricos, muito equilibradas”, acrescentou.

Na ótica do selecionador nacional, o adversário tem “um modelo de jogo alicerçado e inteligente”. Na sua opinião, são melhores no setor ofensivo e mais débeis a defender. “São muito bons na transição ofensiva, no contra-ataque, e nós temos que estar muito atentos”, disse.

Juventude substitui experiência

Na lista de convocados pelo selecionador, os destaques vão para as ausências de Daymaro Salina, de fora, a gozar licença de paternidade, André Gomes, Alexandre Cavalcanti, por lesão, e Salvador Salvador, para as chamadas de Martim e Francisco Costa e Tiago Sousa.

Questionado sobre a aposta nos irmãos Costa, Paulo Jorge Pereira salientou que os atletas “são pessoas que dominam e entendem o jogo de uma forma extraordinária”. De salientar que Martim Costa já esteve com a seleção das quinas no europeu, embora não tenha jogado.

Para o treinador, os poucos treinos até ao jogo frente aos Países Baixos são poucos para integrar novos elementos, que é o caso do Francisco. “O Kiko esteve connosco alguns dias na preparação para o Europeu, mas a treinar com grupos reduzidos por causa do Covid. Ele não chegou sequer a treinar connosco de forma normal e neste momento já está, pouco a pouco, a ser integrado no grupo”, acrescentou.

Paulo Jorge Pereira acredita que os irmãos “possam ser uma peça fundamental juntamente com todos os outros que já está cá há mais tempo.”

Portugal joga esta quinta-feira (19h00, RTP2), frente aos Países Baixos, no Portimão Arena. As seleções voltam a encontrar-se no domingo (17), pelas 13h00, no Indoor Sportcentrum Eindhoven, nos Países Baixos, com transmissão no mesmo canal.

Artigo editado por Filipa Silva