Paralisação começou às 00h00 desta quarta-feira (8) e prolonga-se durante 14 dias. Não foram decretados serviços mínimos.
Uma nota divulgada pela Comboios de Portugal (CP) admite a existência de “perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”, durante os próximos dias. A greve, convocada por diferentes organizações representativas dos trabalhadores, irá decorrer “entre as 00h00 do dia 8 de fevereiro de 2023 e as 24h00 do dia 21 de fevereiro de 2023”. A empresa esclarece, ainda, que o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social não decretou serviços mínimos.
Quem já adquiriu bilhetes para viajar nos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Interregional e Regional, será reembolsado “no valor total do bilhete adquirido, ou [garantida] a sua revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”, refere a CP.
A paralisação foi convocada por três organizações: o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Rodoviário (SNTSF) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
Num comunicado de imprensa, a SMAQ exige “aumentos salariais efetivos e valorização da Carreira da Tração”. A “melhoria das condições de trabalho” e a “humanização das escalas de serviço” são outras razões apontadas para a convocação do protesto. Os trabalhadores exigem ainda a “implementação de um efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes”.
Para além da paralisação dos trabalhadores da CP, que durará 14 dias, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) anunciou que os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) também estarão em greve no dia 9 de fevereiro. A razão principal é a falta de propostas de valorização salarial.
Artigo editado por Miguel Marques Ribeiro