O atleta suíço faleceu, aos 26 anos, após uma saída de estrada em alta velocidade, caindo numa ribanceira. Foi reanimado pelo médico da corrida ainda no local, mas não resistiu no hospital. A equipa Bahrain-Victorious vai permanecer na competição.

O suíço Gino Mädder tinha apenas 26 anos. Foto: Bahrain-Victorious

Morreu Gino Mäder, ciclista da Bahrain-Victorious, esta sexta-feira (16), após um grave acidente durante a quinta etapa da Volta da Suíça, que decorreu na véspera.

Durante uma descida acentuada, a pouco mais de dez quilómetros da meta, o atleta saiu da estrada e acabou por cair num barranco, onde foi prontamente assistido pelo médico responsável da prova. Mäder, encontrado sem se mexer, foi reanimado no local e depois transportado por helicóptero para o Hospital Chur, mas não resistiu aos ferimentos.

A notícia da morte de Gino Mäder foi anunciada esta sexta-feira de manhã pela equipa Bahrain-Victorious, quando faltavam 30 minutos para o arranque da sexta etapa. “Gino, obrigado pela luz, alegria e sorrisos que destes a todos nós, sentiremos a tua falta como ciclista e como pessoa. Hoje e todos os dias, iremos correr por você, Gino”.

Milan Erzen, diretor-geral da equipa, declarou em comunicado a devastação pela perda do ciclista: “estendemos as nossas  profundas condolências à sua família e entes queridos, e nossos pensamentos estão com eles durante este momento difícil”. O técnico informou também, na mesma nota, que a equipa vai permanecer em prova: “a Bahrain-Victorious correrá em sua homenagem, mantendo a sua memória em todas as estradas que percorrermos”, confirmou Erzen.

O ciclista português Rui Costa (UAE Emirates), que também está a participar na competição, disse “não acreditar” na tragédia através das redes sociais, onde prestou homenagens ao colega.

O ciclista de 26 anos corria a prova do país natal na qual venceu uma etapa em 2021, ano em que triunfou também numa tirada da Volta a Itália, a maior conquista da carreira.

Acidentes no ciclismo profissional

Acidentes não são novidade no ciclismo profissional. A envolverem mortes e no decorrer das provas, são mais incomuns. A título de exemplo, em anos recentes, e olhando a provas maiores, encontramos o belga Wouter Weylandt, que em 2011 faleceu durante a Volta à Itália, e Bjorg Lambrecht, que também morreu depois de embater contra uma parede na Volta à Polónia.

No que diz respeito a acidentes graves, mas que não resultaram em morte, destaque para o do agora campeão do mundo de estrada Remco Evenepoel, que caiu de cabeça de uma ponte na Volta à Lombardia de 2020; o do vencedor de quatro edições da Volta à França, Chris Froome, que chocou contra um muro durante um treino em 2019; ainda o de Fábio Jakobsen, num assustador acidente durante um sprint na Volta à Polónia, também em 2020; e o do também vencedor da Volta a França Egan Bernal, que colidiu em alta velocidade com um autocarro durante os treinos, no ano passado.

No que concerne a ciclistas portugueses, são relembrados Joaquim Agostinho – tido como o melhor ciclista português de sempre – que faleceu dez dias depois de um acidente na Volta ao Algarve, envolvendo um cão, bem como Bruno Neves, que não resistiu aos ferimentos causados por uma queda na Clássica de Amarante, queda essa causada por uma paragem cardíaca. 

Editado por Filipa Silva