O ciclista belga conquistou novamente a Volta ao Algarve depois da vitória em 2020. Sergio Higuita foi o vencedor da quinta e última etapa no Alto do Malhão.

Evenpoel fez o bis no Algarve. Foto: Volta ao Algarve/ Facebook

Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinil) venceu, este domingo (20), pela segunda vez na carreira, a Volta ao Algarve. Após o término da última etapa, ganha pelo colombiano Sergio Higuita (BORA-hansgrohe), Evenepoel assegurou a camisola amarela, assim como a camisola branca, que distingue o melhor jovem na classificação.

O ciclista belga venceu a Algarvia com 1’17 de avanço sobre Brandon McNulty (UAE Team Emirates) e 1’21 sobre Daniel Martínez (Ineos).

Na quinta e última etapa, que decorreu entre Lagoa e o Alto do Malhão, Sergio Higuita venceu em 4h14m53s, o mesmo tempo que Daniel Martínez e menos um segundo do que Brandon McNulty, responsável pelo ataque, nos metros finais da prova, que levaria o colombiano a vencer a tirada. Evenepoel terminou a etapa em 5.º lugar, após 4h15m02s.

No final da última etapa, a classificação geral ficou definida: Remco Evenepoel venceu a amarela, McNulty assegurou o segundo lugar e Martinez fechou o pódio. Ehan Hayter (Ineos Grenadiers) encontrava-se no segundo lugar antes da etapa, mas caiu para quarto, não conseguindo repetir a posição de 2021. David Gaudu, vencedor da etapa com meta no Alto da Fóia, foi quinto classificado.

O melhor português foi Ricardo Vilela (W52/FCPorto) que terminou na 22.ª posição.

Em declarações registadas pelo site oficial da competição no final da Volta, Evenepoel admitiu que “queria voltar e fazer o mesmo que há dois anos” e confessou estar “feliz por o ter conseguido”.

O ciclista da Quick-Step reforçou que “o contrarrelógio era o mais importante”. Evenepoel realçou ter dado tudo na etapa de sábado, tendo sentido o esforço nas pernas na última jornada deste domingo. O belga foi de longe o melhor no contrarrelógio, tendo ganho por uma diferença de 58 segundos ao campeão europeu da especialidade, Stefan Küng (Groupama-FDJ).

O ciclista belga revelou a estratégia para a conquista da prova: “O plano antes da corrida era sobreviver nas etapas de montanha e no contrarrelógio ganhar o máximo de tempo possível aos adversários. Fiz também o meu trabalho no comboio para o Fabio [Jakobsen]. Ganhámos duas etapas. Eu ganhei uma e nas duas etapas de montanha sobrevivi muito bem”.

Em destaque na Algarvia esteve também Fabio Jakobsen (Quick-Step Alpha Vinyl Team) que venceu duas das cinco etapas, mas acabou no 129.º lugar. No entanto, as duas vitórias ao sprint, em Lagos e Faro, permitiram ao holandês vencer a camisola verde (51 pontos). Bryan Coquard (Cofidis), com 36 pontos, e Alexander Kristoff (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux), com 29 pontos, fecharam os lugares cimeiros desta classificação.

João Matias (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) foi o único português a ganhar uma classificação na Volta, ao ganhar a camisola azul. O ciclista luso somou 15 pontos na última tirada e subiu à liderança da montanha. David Gaudu (Groupama-FDJ) ocupou a segunda posição, com 12 pontos e Dries De Bondt (Alpecin – Fenix), com 10 pontos, fechou no terceiro lugar.

Na classificação geral por equipas, a Ineos Grenadiers foi a grande vencedora. A equipa britânica ficou a 3:57 minutos da Team Arkea-Samsic. A Groupama-FDJ fechou o pódio das equipas.

Nesta que foi a 48.ª Volta ao Algarve, Fabio Jakobsen venceu a 1.ª etapa, entre Portimão e Lagos, e a 3.ª etapa entre Almodôvar e Faro; David Gaudu conquistou a jornada entre Albufeira e o Alto da Fóia; Remco Evenepoel venceu o contrarrelógio que ligou Vila Real de Santo António a Tavira e Sergio Higuita conquistou a tirada entre Lagoa e o Alto do Malhão.

Evenepoel faz o bis na Algarvia e junta-se a um curto leque de ciclistas que venceram por duas vezes a geral.

Artigo editado por Filipa Silva