O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) desvalorizou, esta quinta-feira, no Porto, a descida do IVA em 1 ponto percentual. “É a mesma coisa que nada”, disse.

A descida não parece ser suficiente para cobrir os prejuízos da maiorias das empresas, afirmou Ludgero Marques, que, no entanto, felicitou o ministro das Finanças pelo valor “formidável” de 2,6% de défice orçamental.

Ludgero Marques está na recta final do seu mandato depois de 23 anos à frente dos desígnios da AEP. No passado dia 7 de Março, em reunião do Conselho Geral (CG) da AEP, o ainda presidente da associação, traçou o perfil do seu sucessor que em tudo encaixa na personalidade de José António Ferreira de Barros, apontado pelo CG para suceder a Ludgero Marques na presidência da associação. É quase certa a eleição de José António Ferreira de Barros, no próximo mês de Maio.

Foi ainda sugerido o nome de Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da AEP, como alternativa. Um homem de “uma qualidade altíssima e de uma honestidade ímpar”, qualificou Ludgero Marques.

Após 23 anos como presidente da AEP, e em jeito de balanço final, Ludgero Marques lamentou não ter criado a Confederação Empresarial de Portugal, uma entidade que se pretenderia ser representativa de todos os empresários portugueses.