FC Porto e SL Benfica empataram este domingo a uma bola no Estádio do Dragão. Diogo Jota adiantou a formação da casa no início da segunda parte e Lisandro Lopéz estabeleceria a igualdade já em cima do apito final.
Num jogo de extrema importância para o FC Porto, Nuno Espírito Santo colocou Maxi Pereira e Jésus Corona na equipa titular, em relação ao último embate ante o Vitória de Setúbal, para os lugares de Layún e Herrera, respetivamente.
A formação portista entrou melhor na partida, criando várias oportunidades durante os primeiros quinze minutos. Ederson bloqueava os disparos de Alex Telles e de André Silva, ao mesmo tempo que a sua equipa revelava dificuldades em travar o ímpeto “azul e branco”. Aos quinze minutos, o guardião brasileiro defendeu por instinto um remate de Corona, no seguimento de um passe de Diogo Jota.
Pouco tempo depois, surgiu a primeira contrariedade para Rui Vitória: Luisão evidenciou problemas físicos, sendo substituído por Lisandro López.
Aos 22 minutos, nova oportunidade para André Silva, que desferiu um forte pontapé que passou ao lado do poste. A pressão portista acentuava-se e Corona dispôs de uma enorme oportunidade ao surgir na cara de Ederson, após uma abertura de Óliver Torres, com o guarda-redes a superiorizar-se ao adversário.
Três minutos volvidos, chegou a gritar-se golo no Dragão, mas o lance foi invalidado por falta de Felipe.
O FC Porto dominava o encontro, atacando sobretudo pelo seu corredor esquerdo, com Alex Telles e Diogo Jota a levarem o jogo para a frente. O Benfica explorava os contra-ataques, sobretudo por iniciativa de Nélson Semedo, até então o melhor jogador em campo da formação benfiquista.
A dez minutos do descanso, Gonçalo Guedes rematou forte, mas com o esférico a passar por cima da baliza de Casillas.
Com praticamente os onze jogadores atrás da linha do meio-campo, os “encarnados” quase marcaram em cima do intervalo. Lindelof cabeceou contra Felipe, com a bola a bater no ferro antes de sair do terreno de jogo.
Domínio mais repartido na segunda metade
Na segunda parte, o FC Porto não podia ter entrado melhor. Corona fugiu da direita para o centro, abriu em Diogo Jota que, no duelo com Nélson Semedo, foi mais forte, atirando com sucesso para a baliza.
O Benfica respondeu por intermédio de Gonçalo Guedes, mas o pontapé voltou a sair por cima.
O FC Porto pressionava em busca do segundo, mas foi Mitroglou a obrigar Casillas a uma excelente intervenção à passagem da hora de jogo.
O adiantamento da equipa de Rui Vitória no terreno de jogo era notório, com os “azuis e brancos” a recuarem no campo.
Nuno Espírito Santo percebeu que o adversário se estava a superiorizar nesta fase, e lançou Rúben Neves para controlar mais o setor intermediário, retirando Corona.
Na jogada seguinte, Alex Telles testou os reflexos de Ederson, na cobrança de um livre, com o brasileiro a responder com uma excelente defesa.
À entrada para os últimos quinze minutos, o tricampeão nacional esticava o jogo para a frente, mas sem encontrar espaços na linha defensiva dos “dragões”. Numa altura em que Layún já tinha entrado para render Óliver Torres, o FC Porto deixava André Silva sozinho na frente, em busca do golo da tranquilidade.
Já com a partida a terminar, o Benfica iria chegar ao empate. Herrera comete uma falha e cede um canto ao adversário. Na sequência do mesmo, cobrado por Pizzi, André Horta descobre Lisandro López, cabeceando com precisão para o fundo da baliza de Casillas, gelando a plateia no Estádio do Dragão.
Com este resultado, o FC Porto soma 20 pontos e segue em segundo lugar no campeonato, ao passo que o Benfica lidera com 25.
“É um resultado muito cruel”
No final do jogo, Nuno Espírito Santo considerou o resultado injusto. “Foi um jogo em que fomos melhores, fomos superiores. Deixa-nos muito magoados como decorreu, no minuto em que sofremos o golo do empate”, disse aos jornalistas.
O técnico “azul e branco” mencionou, no entanto, que ainda falta muito campeonato por disputar.
“Estamos cinco pontos atrás, queríamos estar a dois, mas estamos convictos de que vamos lutar até ao fim. Fica para a história que perdemos dois pontos, mas ainda acreditamos que o título é possível”, reforçou.
O treinador portista deixou, ainda, a garantia que o FC Porto vai trabalhar para materializar as oportunidades criadas: “Vamos ter de trabalhar mais. Faz parte do processo, é importante concretizar as oportunidades, hoje não conseguimos”.
“Marcámos no final numa postura de acreditar até ao fim”
O treinador do Benfica foi o primeiro a fazer o rescaldo do jogo. A primeira parte não deixou o técnico “encarnado” satisfeito. “Deixámos o FC Porto ter o controlo do jogo e da bola”. No entanto, revelou que a equipa soube soltar-se na segunda parte, procurando um jogo mais ofensivo.
O técnico destacou o golo marcado nos últimos minutos da partida e referiu que a equipa tem sabido reagir às contrariedades.
“Marcámos no final numa postura de acreditar até ao fim, num jogo com mais contrariedades. Uma substituição logo na primeira parte. A contrariedade tem existido, o grupo tem sido fantástico, jogámos para os benfiquistas. Conseguimos o empate e agora o caminho é continuar nesta senda vitoriosa”, declarou.
No fim, Rui Vitória sublinhou que ainda há muito campeonato para disputar e que só em maio é que tudo ficará decidido.
“Não vale a pena fazer análises, falta muito e eu sou o primeiro, porque já tenho alguma experiência, a saber que há um caminho longo a percorrer e que há muitos pontos em disputa. Há muito para trabalhar, sabemos que no final é que se fazem as contas”.
Ficha de Jogo:
Competição: Liga NOS (10ª Jornada)
Estádio: Estádio do Dragão
Golos: Diogo Jota (50’), Lisandro López (90+2’);
Cartões amarelos: Corona (12’), Alex Telles (38’), Ederson (49’), Pizzi (63’), Samaris (66’)
Equipa de arbitragem
Árbitro: Artur Soares Dias
Árbitros assistentes: Rui Licínio e Paulo Soares;
Quarto árbitro: Rui Costa
FC Porto
Onze inicial: Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Marcano, Alex Telles; Danilo; Jésus Corona, Oliver Torres, Otávio; André Silva, Diogo Jota;
Suplentes utilizados: Rúben Neves, Layún e Herrera
Treinador: Nuno Espirito Santo
SL Benfica
Onze inicial: Ederson Moraes; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof, Eliseu; Salvio, Samaris, Pizzi, Cervi; Mitroglou, Gonçalo Guedes;
Suplentes utlizados: Lisandro López, André Horta e Raúl Jiménez
Treinador: Rui Vitória
Artigo editado por Filipa Silva