Os estudantes do Porto que durante o período do Estado Novo sofreram à mão das autoridades vão ter, a partir de sexta-feira, uma placa de homenagem da Universidade.
A placa vai lembrar os “estudantes que foram vítimas da repressão da Ditadura, entre 1926 e 1974, em virtude da sua participação cívica e política na luta pela Democracia e pela Liberdade”, lê-se no convite que está a ser enviado pela Reitoria.
A homenagem já era conhecida. Faltava a data para o descerramento da placa.
A iniciativa materializa uma exigência de longa data. Em outubro último, José Pacheco Pereira, antigo estudante da UP e atual membro do Conselho Geral da instituição, aproveitou a inauguração da exposição “Movimentos Estudantis da Universidade do Porto 1968-1974”, da qual foi curador, para desafiar a universidade a fixar uma homenagem nas Arcadas da Reitoria, local simbólico da luta do movimento estudantil, na presença de algumas dezenas desses estudantes (na foto).
Além da exposição e da placa, Pacheco Pereira revelou nessa altura ao JPN ter em marcha a construção de uma base de dados, que poderá ter mais de 50 mil entradas, a partir de documentos digitalizados do seu arquivo pessoal, o Ephemera, sobre o Movimento Estudantil do Porto. Entre esses material estão desenhos, panfletos, posters, manuais, jornais e outros.