Portugal e Alemanha enfrentam-se, este sábado, no Allianz Arena, em jogo alusivo à segunda jornada do grupo F do Euro 2020. Os cenários de ambas as equipas são bastante distintos: Portugal vem de uma vitória por 3-0 sobre a Hungria, enquanto a seleção alemã chega a este confronto com uma derrota frente à França.

Apesar da vantagem pontual sobre o oponente, Portugal costuma ter muito problemas em sair vitorioso dos encontros frente à Alemanha. A última vitória dos lusos foi há 21 anos, no Euro 2000, quando os portugueses venceram por 3-0, com um hattrick do atual treinador do Futebol Clube do Porto (FC Porto), Sérgio Conceição. Desde o ano de 2000, a seleção portuguesa voltou a defrontar a Alemanha mais quatro vezes, tendo somado quatro derrotas. A última, e mais expressiva, foi a contar para o Campeonato do Mundo de 2014, quando Portugal foi castigado com quatro golos alemães.

Não tenho medo nenhum da Alemanha”. Foram estas as palavras que se destacaram esta sexta-feira, na conferência de imprensa, onde esteve presente Fernando Santos, selecionador de Portugal e Rúben Dias. Ciente do poderio coletivo e individual dos alemães, consolidado com o fator casa, o treinador português afirmou que os seus jogadores vão fazer de tudo para conquistar os três pontos, num jogo em que é fundamental “ter bola”.

Para Rúben Dias, o começo da competição foi bom, mas “é preciso meter os pés no chão e entender que temos de estar melhor para vencermos este jogo.” O defesa do Manchester City classifica a seleção alemã como uma das melhores da Europa, à semelhança de Portugal.

Quando questionado sobre a possível entrada de Renato Sanches no 11 inicial, devido à excelente exibição no jogo frente à Hungria, Fernando Santos salientou que a partida contra este oponente é completamente diferente. “Não se pode comparar a Hungria com a Alemanha. A Hungria jogava com cinco defesas, a Alemanha joga com três. A qualidade individual dos jogadores não tem nada a ver,” acrescentou.

Por isso, ainda existem dúvidas em relação à formação que vai alinhar de início, no jogo frente aos alemães. No entanto, na baliza, Rui Patrício deverá assumir as rédeas portuguesas, acompanhado por Nélson Semedo à direita, Raphaël Guerreiro à esquerda e com Rúben Dias e Pepe no centro da defesa.

Apesar das incertezas no meio campo da seleção das “quinas”, Fernando Santos deverá por optar pelos médios: William Carvalho e Danilo Pereira a ocupar a parte mais defensiva do meio campo, enquanto Bruno Fernandes fica mais à frente no terreno.

No ataque, Cristiano Ronaldo deverá ser o ponta de lança em ação que, com Bernardo Silva à esquerda e Diogo Jota à direita, completam a frente portuguesa.

Na antevisão ao encontro, Joachim Low, selecionador alemão, referiu o valor dos portugueses, salientando que “Portugal não é só Ronaldo”. Para além disso, o alemão reconheceu as qualidades do ataque luso que considera ser “mais equilibrado do que a França”. Quanto à sua seleção, Low, pretende que esta tenha um jogo fluído, mas “sólido”. Para isso, “não descurar a defesa e ter uma equipa equilibrada” são os objetivos do selecionador.

Apesar da infeliz derrota, Joachim Low não deverá fazer mudanças no 11 inicial. Manuel Neuer, Matthias Ginter, Mats Hummels, Antonio Rüdiger devem constituir a defesa. No meio campo, Joshua Kimmich, Ilkay Gündoğan, Toni Kroos e Robin Gosens deverão ser aposta. No ataque, Kai Havertz e Thomas Müller mais recuados e Serge Gnabry como ponta deverá ser a escolha do selecionador.

No boletim clínico constam quatro nomes. Nuno Mendes e João Félix, jogadores lusos, estão indisponíveis por lesão. Pelos mesmo motivos, Leon Goretzka e Lukas Klostermann também falham o encontro.

As duas seleções entram em campo, este sábado, pelas 17h00, num jogo que será transmitido pela TVI e terá como árbitro principal, o inglês, Anthony Taylor. Quanto às restantes seleções do grupo F, França e Hungria, estas entram em ação horas antes do encontro de Portugal. Pelas 14h00, hora portuguesa, estas seleções medem forças, em Budapeste.

Artigo editado por João Malheiro