O evento é de acesso gratuito e decorrerá nos dias 7, 8 e 9 de julho. Num formato novo, traz nomes como Titica, Filipe Sambado e Favela Lacroix e ainda um ciclo de conferências com temáticas que, diz a organização, são fundamentais para a comunidade LGBTI+.
De 7 a 9 de julho, o Parque da Pasteleira vai ser o palco do festival Porto Pride. É a primeira vez que o evento LGBTI+ vai durar três dias, incluindo na programação, além das performances dos artistas, um ciclo de conferências sobre temáticas variadas, com enfoque no ativismo e nos direitos humanos. A entrada é gratuita.
As várias atividades vão decorrer entre as 18h00 e até a 01h00 da manhã, confirmou o coordenador-geral Diogo Vieira da Silva . Até ao momento já foram avançadas as presenças dos artistas Favela Lacroix – a drag queen portuguesa de descendência brasileira que “está completamente a revolucionar a música em Portugal”, opina o representante do evento ao JPN -, Titica e Filipe Sambado. “Brevemente, novos artistas queer serão revelados”, assegura.
“O que nós queremos é que o evento, [apesar de ser] organizado por pessoas LGBT, não seja um evento só de pessoas LGBT”, frisa o coordenador-geral. Assim, o Porto Pride quer manter as portas abertas a todos, independentemente da orientação sexual ou identificação de género, apelando ao sentimento de equidade e comunidade.
Sobre a vertente educativa do evento, agendada para o dia 9 de julho e intitulada de Porto Pride Summit, o objetivo é estabelecer um ambiente de diálogo aberto e inclusivo, incitando “aprendizagem e inspiração para todos os participantes”, lê-se no site oficial. Assim, o ciclo de conferências inclui três painéis, com incidência em temáticas consideradas pela organização como fundamentais para a comunidade LGBTI+. Serão explorados Ativismo, Empresas e Política, delineando quais os desafios vividos no contexto atual, quais as conquistas alcançadas e as oportunidades futuras.
Em 2019, o festival realizou-se no centro da cidade mas, este ano, “devido às obras do Metro” não será possível repetir a localização, apontou Diogo Vieira da Silva em declarações cedidas à Agência Lusa. No que concerne ao Parque da Pasteleira, o coordenador admite que, apesar de ser bom para acolher o evento, “não é a solução ideal” – tanto por questões de acesso como de segurança.
À Lusa, Diogo Vieira da Silva indicou igualmente já ter manifestado as preocupações da organização à autarquia. Nesse sentido, adianta, estão a trabalhar em conjunto com a Câmara Municipal do Porto para “tentar reforçar os transportes públicos para o local ou criar modelos dedicados de transporte para os três dias”.
O Porto Pride tem vindo a realizar-se desde 2001, mas em formatos diferentes do atual. Houve uma interrupção entre os anos de 2012 e 2018 e a última edição aconteceu em 2019 – regressando apenas este ano, considerando as interrupções relacionadas com a pandemia.
Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira