A construção do Metrobus Boavista-Império prossegue. Nos próximos dois meses, a obra faz-se no troço norte da avenida. O trânsito descendente passou a fazer-se pelo corredor central e as duas vias sul da avenida "passam a ser utilizadas para a circulação rodoviária ascendente".

Nova fase da construção do Metrobus ocupa agora o troço norte da Avenida da Boavista. Foto: Laura Luchtenberg

As obras do Metrobus Boavista-Império já avançaram para o troço norte da Avenida da Boavista, ocupando agora as duas faixas descendentes da via.

Dois novos troços estão agora em obra: desde 6 de julho, o troço compreendido a interseção da Avenida Marechal Gomes da Costa e o Foco (cruzamento com a Rua Azevedo Coutinho); e desde 12 de julho, no lanço entre a Rua Tenente Valadim e João de Deus.

Desde sexta-feira (14), “o trânsito descendente ocupará o corredor central, tendo início os trabalhos de requalificação do lado norte da avenida”, de acordo com a informação da Metro do Porto.

Esta alteração faz com que as duas vias sul do troço da avenida passem a “ser utilizadas para a circulação rodoviária ascendente, realizando-se alguns trabalhos ligeiros nas duas faixas centrais”, informou a empresa de transportes.

As faixas centrais, que vão servir de canal de circulação para o Metrobus, “estão já requalificadas”, diz a Metro, sendo para lá canalizado “nos próximos meses” o tráfego ascendente.

Além disso, a Rua Pedro Hispano “terá um sentido único de circulação”. No entanto, não haverá grande transtorno nas vias, dado que mesmo que as obras ocupem “as faixas e os passeios norte, vai ser possível manter as viragens à direita”, assegura a Metro do Porto. A exceção é a viragem para o corredor central da Rua S. João de Brito. O acesso aos edifícios e às respetivas garagens podem ser efetuados com normalidade. 

Esta “nova e decisiva fase” da obra deve durar dois meses. No entretanto, prosseguem as obras entre as ruas Guerra Junqueiro e Bessa Leite e ao longo da Avenida do Marechal Gomes da Costa.

No dia 5 de julho, as outras vias que estavam fechadas foram reabertas para a circulação normal em ambos os sentidos

As obras do Metrobus encontram-se em “normal andamento”, segundo informação dada ao JPN pela assessoria do Metro do Porto, o que indica que não deverá haver atraso no prazo de conclusão, estimado para 2024.

Nova fase tem a duração estimada de dois meses de obra. Foto: Laura Luchtenberg

Solução BRT surge como alternativa de mobilidade verde

MetroBus – o nome comum pelo qual é conhecido o sistema Bus Rapid Transit (BRT) – que se vai estrear na cidade do Porto, consiste num meio de transporte que reúne características de um veículo de carris (que oferece maior frequência e pontualidade) com as de um autocarro convencional (que tem como vantagem a flexibilidade).

Este projeto de autocarro articulado de 18 metros de comprimento vai funcionar todos os dias, das 6h00 da manhã até a 1h00 da manhã. Vai ter dois percursos: o que liga a Casa da Música à Rotunda da Anémona, numa viagem com duração de 17 minutos e uma frequência de veículos a cada oito minutos; e outro entre a Casa da Música e a Praça do Império, com uma paragem em Serralves, que vai levar 12 minutos com veículo a cada 10 minutos.

O investimento ascende aos 66 milhões de euros e foi financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e inclui a manutenção da frota de 12 veículos, a construção e o equipamento da fábrica de hidrogénio e postos de abastecimento. A previsão para a finalização da obra e arranque no funcionamento da rede é para daqui um ano, em julho de 2024.

Editado por Filipa Silva