Nove casas-museu são o pano de fundo de uma série de nove documentários que apresenta a vida e as obras de ilustres escritores do norte de Portugal, como Aquilino Ribeiro, Camilo Castelo Branco, Domingos Monteiro, Eça de Queirós, Ferreira de Castro, Guerra Junqueiro, José Régio, Miguel Torga e Mário Cesariny.

A série documental, que faz parte do projeto “Escritores a Norte”, está desde o dia 20 de abril disponível online, depois dos episódios terem sido transmitidos pela RTP.

O programa procura divulgar e preservar na memória um conjunto de locais que fazem parte do património cultural e literário da região norte.

“Nós entendemos que era importante que os roteiros destes escritores fossem conhecidos, assim como, cada uma das casas que os promovem, individualmente, e, por isso, se fez um documentário para cada casa. Mas [queríamos também] que fosse um ponto de partida para que o roteiro fosse alargado a toda a região”, explica Ana Araújo, técnica superior do projeto “Escritores a Norte”, em entrevista ao JPN.

A iniciativa surgiu em 2015 pelas mãos da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e envolve uma colaboração entre várias casas-museu da região. Em concreto, a Fundação Aquilo Ribeiro, a Casa de Camilo, a Casa de Ferreira de Castro, a Casa e Fundação Guerra Junqueiro, a Casa José Régio, a Casa e Espaço Miguel Torga, a Fundação Cupertino de Miranda e a Fundação Eça de Queirós. O projeto conta com roteiros e conteúdos informativos sobre as instituições, a vida e as obras destes escritores.

Segundo Ana Araújo, o projeto assentou sobre “três ações”: “a criação de uma série de documentários, a criação de um portal para aglutinar todas as páginas individuais de cada uma destas casas de escritores e, por último, o lançamento de um livro editado em quatro línguas, uma edição homónima de ‘Escritores a Norte: vidas com obra em casas d’escritas'”.

A necessidade de “promoção e articulação de dinâmicas em rede e uma colaboração mútua entre as casas-museu” foi um dos objetivos que trouxe a público este projeto.

A DRCN percebeu que seria benéfico para cada uma das instituições “procurar, a partir do conhecimento mútuo a partilha de boas práticas – até de programação – uniformizar formas e metodologias de trabalho e criar entre elas um contacto que permitisse um ganho para todas as estruturas”, refere Ana Araújo ao JPN.

A responsável pelo projeto ainda acrescenta que “a criação da plataforma, que é depois auxiliada pelos roteiros e pelo livro, permite que no fundo se capitalize públicos de uma estrutura e de outra”.

A série de nove documentários pode ser visualizada através do website e do canal de Youtube da Direção Regional de Cultura do Norte.

Artigo editado por Filipa Silva