A Universidade do Porto (UP) tem, desde o final do ano passado, seis postos de carregamento de veículos elétricos instalados em cinco faculdades da instituição: Ciências (um), Engenharia (dois), ICBAS/FFUP (dois) e Letras (um). Este último foi o primeiro a entrar em funcionamento e será, até ao momento, o único operacional.
Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) a informação foi avançada a 12 de fevereiro: todos os membros da comunidade académica (professores, investigadores, funcionários e estudantes), desde que previamente autorizados, tinham a partir da data, ao seu dispor, um posto de carregamento de veículos elétricos sem custos de carregamento, pelo menos, numa primeira fase.
Para aceder ao posto da FLUP, o utilizador precisa de ter cartão MOBI.E e cartão UP e necessita de indicar os números dos respetivos cartões para o endereço de correio eletrónico do serviço de informática da faculdade ([email protected]), a fim do serviço “quantificar as necessidades de utilização do posto”.
O posto está fixado no parque de estacionamento -1, à entrada do parque coberto, e tem acesso restrito como optou a Universidade do Porto por fazer com todos os seus postos.
Dois postos da FEUP “em breve”
Na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) foram colocados dois postos, mas ainda não estão a servir a comunidade da maior escola da UP. “Apesar de instalados, os equipamentos ainda não estão a funcionar, por razões administrativas que julgamos conseguir ultrapassar em breve”, esclareceu Carlos Rodrigues, docente e membro do Conselho Executivo da instituição.
O JPN tentou perceber junto do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) se os postos instalados já se encontram em funcionamento, mas até ao momento não obteve resposta.
Contactada pelo JPN, a Reitoria da Universidade do Porto esclareceu que os processos “foram geridos por cada faculdade”, pelo que compete às unidades orgânicas definirem “como vai funcionar” o equipamento.
A Reitoria adianta, contudo, que alguns postos podem ser utilizados por qualquer membro da comunidade académica da UP (como é o caso do posto da FLUP) e que outros vão apenas destinar-se à comunidade da respetiva faculdade. A lógica de utilização deverá ser semelhante à da FLUP: a formalização de autorização poderá ser feita de forma online, via e-mail.
De acordo com os contratos disponíveis no Portal Base, os postos foram adquiridos a dois fornecedores distintos – a Evce Power, Lda. no caso da FCUP, FLUP e ICBAS/FFUP; e a Efacec Electric Mobility, S.A. no caso na FEUP – por ajuste direto no primeiro caso e por consulta prévia no segundo. Os valores cobrados foram igualmente distintos. Disparidades que podem ser justificadas por fatores como a extensão da instalação elétrica e/ou a complexidade da obra.
Em todos os casos, os postos foram comparticipados em cinco mil euros, cada, através do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Transição Energética.
Os custos de energia elétrica dos carregamentos são suportados pela universidade, pelo menos, “até ao final da fase piloto da rede Mobi.E e à consequente abertura do mercado da energia para a mobilidade elétrica”, pode ler-se no aviso onde constavam as regras de apoio às candidaturas.
De acordo com as regras do Fundo Ambiental, as universidades podiam apresentar mais do que uma candidatura no caso de terem vários pólos, como é o caso da UP (Pólo I – Centro da Cidade, Pólo II – Asprela e Pólo III – Campo Alegre).
No distrito do Porto, para além da UP, o Fundo Ambiental financiou, em conformidade com um segundo aviso, a instalação de quatro postos na CESPU (dois no campus de Gandra e dois no campus de Vila Nova de Famalicão), dois postos no Instituto Superior de Administração e Gestão (no campus de Salazares/Ramalde) e um posto na sede da Escola Superior de Enfermagem do Porto.
O Fundo Ambiental pretende com esta medida “complementar a oferta da rede pública de carregamento”, colmatando casos onde a rede de abastecimento de veículos elétricos seja ainda deficiente, e fomentar “o uso destes veículos junto da comunidade académica.”