A seleção nacional feminina perdeu, este domingo, frente à Suécia, por 4-0. Os golos, todos apontados na segunda metade do encontro, tiveram a autoria de Hanna Glas, Amanda Ilestedt, Kosovare Asllani e Stina Blackstenius.

Seleção portuguesa vai discutir o terceiro lugar do torneio na quarta-feira. Foto: FPF

A seleção nacional de futebol feminino não conseguiu vencer, este domingo, a poderosa Suécia. Portugal perdeu o jogo por 4-0, e com isso deixou fugir a oportunidade de defrontar a Itália na final da Algarve Cup, que se disputa na quarta-feira. Resta à seleção portuguesa tentar conquistar o terceiro lugar da prova.

Ambas as seleções chegaram ao encontro vitoriosas – Portugal ganhou à Noruega e à Suécia foi atribuída uma vitória, face à desistência da Dinamarca por surto de Covid-19.

No 11 inicial português, Francisco Neto, selecionador nacional, optou por fazer cinco alterações relativamente ao jogo anterior. Inês Pereira, Ana Borges, Diana Gomes (lesionada), Catarina Amado e Kika Nazareth saíram e, para os seus lugares, entraram Patrícia Morais, Lúcia Alves – pela primeira vez titular -, Sílvia Rebelo, Fátima Pinto e Jéssica Silva.

A Suécia, como jogava pela primeira vez, apresentou o seu primeiro onze da competição.

Num encontro que dava acesso à final, Portugal sabia que só na sua melhor forma conseguiria vencer a Suécia. As desigualdades existentes foram notórias e o próprio ranking mundial não deixa mentir: segundo lugar das suecas contra o 29.º de Portugal.

As nórdicas entraram mais fortes e utilizaram a velocidade como arma para causar perigo no acesso à área portuguesa. O flanco direito sueco era o mais utilizado e o mais perigoso. A primeira oportunidade de perigo surgiu desse flanco, ainda o relógio não chegava aos três minutos. Uma bola ao ferro, depois de um remate de Filippa Angeldal, foi o primeiro aviso sueco.

Portugal tentava travar os ímpetos do adversário e saía-se bem no processo defensivo. No entanto, e embora tenham sido poucas as situações de perigo, Portugal podia ter desbloqueado o empate no decorrer do minuto 7.

Depois de um passe em profundidade para Diana Silva, a jogadora não consegui finalizar. A futebolista do Sporting CP pecou na finalização, após ter feito o mais difícil, ao ultrapassar a guarda-redes sueca. Esta foi a melhor oportunidade para a seleção de Francisco Neto durante toda a primeira parte.

A oito minutos do intervalo outro golo “obrigatório” tinha de ter sido feito no Algarve. Um mau alívio na área portuguesa quase deu golo à Suécia. Lina Hurtig cruzou e, tendo só que encostar, Madelen Janogy chutou para fora.

Forte “vento” nórdico faz estragos em Portugal

Com um início de segunda parte mais equilibrado, devido à entrada de Francisca Nazareth, Portugal mostrou-se mais ativo e criador de mais perigo. No entanto, aquilo que parecia ser o começo da superioridade portuguesa revelou-se totalmente o contrário.

A partir do minuto 56, depois do primeiro golo da Suécia, marcado por Hanna Glas, após um canto, as portuguesas perderam o foco. O golo surgiu como uma segunda bola e num remate potente e colocado, a jogadora do Bayern Munique marcou o primeiro golo da sua seleção na competição.

Outra vez de bola parada e quatro minutos após o golo, o marcador voltou a alterar-se. Através de um canto, Amanda Ilestedt foi superior nas alturas e, com uma forte cabeçada, aumentou a vantagem.

As suecas tinham fome de golo e aos 73 minutos as redes portuguesas voltaram a abanar – a Suécia já tinha marcado aos 70, mas o golo foi invalidado por fora de jogo. Numa recarga e com um pouco de sorte à mistura, Kosovare Asllani chutou e colocou o resultado em 3-0.

O massacre dos golos terminou, dois minutos depois, com mais um golo de bola parada. Depois de um canto, a bola foi à barra e na recarga Stina Blackstenius saltou para encostar. De realçar a forte arma das suecas nos lances de bola parada, uma vez que quatro dos três golos surgiram desse modo.

Sem mais momentos de grande notoriedade, o jogo terminou com a vitória da Suécia sobre Portugal por 4-0. As nórdicas seguem para a final da competição, onde já se encontra a Itália. Em caso de vitória, a Suécia conquista a quarta Algarve Cup depois de ter erguido o troféu em 1998, 2001 e 2009.

Portugal tem ainda a oportunidade de discutir o terceiro lugar frente à Noruega, formação que venceu no jogo inaugural da competição, por 2-0.

“Resultado um pouco pesado”, diz selecionador

Em declarações aos canais oficiais da Federação Portuguesa de Futebol, Francisco Neto salientou que o 4-o foi ” um resultado um pouco pesado”, mas a verdade é que, na opinião do selecionador, a “Suécia criou algumas oportunidades”. Para Neto, as bolas paradas, “nos últimos anos”, são os pontos fortes das suecas e, por isso, “quando têm estas oportunidades, normalmente, não facilitam”.

Sobre o jogo que se segue, que irá definir a terceira e quarta classificadas da competição, Francisco Neto frisou que será mais um jogo para ganhar “experiência internacional para os compromissos de abril”, referentes aos encontros de qualificação para o Mundial de 2023.

A fechar a Algarve Cup, ambos os encontros disputam-se na próxima quarta-feira, dia 23, sendo a final disputada no Estádio Municipal Fernando Cabrita, enquanto o jogo do bronze tem lugar no Estádio do Algarve. Pelas 11h00 joga-se o encontro da final, já o terceiro e quarto lugares discutem-se a partir das 13h00. Os jogos terão transmissão no Canal 11.

Artigo editado por Filipa Silva