O Terminal Rodoviário do Parque das Camélias vai ser reabilitado. As obras, anunciadas em Diário da República a 16 de março, têm como objetivo  garantir melhores condições de acessibilidade e maior segurança e bem-estar para os operadores das linhas e para os passageiros.

A obra prevê, em específico, a melhoria das paragens, das condições de acesso e de espera ou da sinalética, além do arranjo paisagístico da área. Será ainda criada uma sala de espera, inexistente nas instalações atuais do terminal, como foi divulgado no portal da Câmara Municipal do Porto (CMP) esta terça-feira (22). Segundo a câmara, a previsão é de que o serviço esteja terminado ainda durante 2022.

O anúncio de abertura do concurso público para a obra tem o preço base de 623 mil euros. A receção das propostas iniciou-se no dia 16 e os interessados tem 30 dias desde a publicação para enviar as suas candidaturas. O prazo para execução do contrato é de 90 dias.

A gestão do Terminal Rodoviário do Parque das Camélias vai ficar nas mãos da STCP Serviços, tal como vai acontecer com o futuro Terminal Intermodal de Campanhã, previsto no contrato que a empresa de transportes assinou com a autarquia no início deste mês.

Desde março, Cristina Pimentel, ex-vereadora de Rui Moreira e agora na liderança do conselho de administração da STCP, está a reunir um conjunto de responsabilidades da empresa de transportes públicos que estão a ser alargadas, como é o caso do Terminal das Camélias e do Intermodal de Campanhã.

Além destes dois espaços, também estará a gerir o Terminal do Bom Sucesso. A empresa passa a ter sob a sua gestão os parques de estacionamento da Trindade, Duque de Loulé, Caminhos do Romântico, Viela do Anjo, Ribeira e Palácio da Justiça, Praça de Lisboa, Praça Gomes Teixeira, Praça Carlos Alberto, Praça D. João I e Aviz, Castelo do Queijo e Adelino Amaro Costa. O Funicular dos Guindais, o Elevador da Lada e as Escadas Mecânicas dos Montes dos Judeus também passarão a ser responsabilidade da STCP.

Agora, de acordo com a autarquia, caberá à empresa de transportes portuense estudar tudo o que for necessário para a operacionalização da Ramal da Alfândega, que contará com “um sistema de transporte público compatível com a utilização do canal para modos suaves”.

A delegação de responsabilidades e competências da empresa, que passa a gerir um conjunto de infraestruturas e serviços, é uma estratégia da CMP que tem por objetivo maior eficiência no que diz respeito à mobilidade na cidade do Porto. Cada vez mais perto de cumprir este objetivo, a autarquia adiantou que, ainda no segundo semestre deste ano, o Terminal Intermodal de Campanhã já estará a funcionar.

A obra do Intermodal encontra-se com um atraso de dois anos para entrega, que, segundo a Câmara do Porto, ocorreu devido à pandemia de Covid-19. A ideia é que, com o terminal pronto e a funcionar, a intermodalidade oferecida possa vir a diminuir o uso de automóveis dentro da cidade.

Artigo editado por Tiago Serra Cunha