Entrou em funcionamento na manhã desta quinta-feira (22), pelas 7h45, a monitorização por videovigilância no centro do Porto. Os novos aparelhos, operados por especialistas, pretendem atuar como reforço na segurança da cidade, a par do trabalho feito pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

A rede é composta por 79 câmaras instaladas entre a zona do Marquês e a Ribeira – com visão noturna, capacidade de filmar em 360º e, em situações de emergência, poderão até captar som. Esta, porém, corresponde apenas à “primeira fase” do projeto, explicou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, aos jornalistas, na sequência de uma visita à sala de operações e monitorização do sistema de videovigilância, localizada no Centro de Gestão Integrada (CGI). O momento foi também aproveitado para a assinatura do protocolo de cooperação entre o Município do Porto e a PSP, agora responsável pela utilização da tecnologia.

Paula Peneda, superintendente do Comando Metropolitano do Porto da PSP, também presente na apresentação, reforçou que a vigilância “vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana”. A longo prazo, espera-se que o sistema atue como “uma forma de dissuasão da criminalidade”. “A videovigilância é o caminho”, observou a superintendente, destacando o que considera ser um “projeto único e talvez o melhor do país”, uma vez que é “o único sistema” a nível nacional com capacidade de filmar num ângulo de 360º.

“Este é um dia particularmente importante para a cidade. Permite aperfeiçoar aquilo que é a missão da Polícia de Segurança Pública”, assegurou Rui Moreira. Frisou, porém, que o sistema “não pretende substituir os agentes da PSP – a sua missão é insubstituível”.

No total, foram gastos cerca de 4 milhões de euros. O autarca adiantou ainda que o município já está já a trabalhar na “segunda fase” do projeto. Esta “arranca já” com a aquisição e instalação de mais 117 câmaras, destinadas a vários outros pontos da cidade – tais como os bairros Marechal Gomes da Costa, Pasteleira e Pinheiro Torres, nas zonas da Foz, da Asprela e em Campanhã.

A fim de maximizar os esforços da PSP em garantir a segurança, o sinal da rede de monitorização em vídeo é refletido, em tempo real, para o posto de agentes de rua da brigada policial. Com os novos aparelhos, a cidade Invicta vai passar a ter cerca de 196 câmaras de videovigilância.

Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira