Criado em 2012, à imagem da versão catalã, o Primavera Sound propõe-se a testemunhar a intemporalidade de grandes nomes que marcaram épocas icónicas e de projetos emergentes prontos a conquistar novo público. É passado, presente e futuro num só espaço. Um enredo que aproxima gerações e desafia o público a inúmeras descobertas. O solo é conhecido, as raízes estão firmadas, mas o certame quer continuar a ser arrojado.

O que ouvir?

Os AIR foram a primeira confirmação do NOS Primavera Sound. Destaques para a britânica PJ Harvey, já com várias passagens por Portugal. Um símbolo do rock que chegará ao Porto com um novo trabalho para mostrar. Ainda para Brian Wilson, o mítico fundador e compositor dos Beach Boys, que assim coloca o Porto na digressão mundial dos 50 anos do disco “Pet Sounds”. Ainda, os Explosions in the Sky que em 2012, na primeira edição do certame, deixaram muitos fãs desiludidos com o cancelamento do concerto que tinham previsto na Invicta e ainda os Sigur Rós, banda que conquistou uma horda de seguidores no início dos anos 2000.

Entre os repetentes, destaque para a segunda passagem de Beach House pelo Parque da Cidade e para o regresso também das britânicas Savages, com novo álbum lançado em janeiro, “Adore Life”. Quanto a grupos nacionais, são três num alinhamento composto por mais de quatro dezenas de formações. Os Sensible Soccers e os Linda Martini já sabem o que é atuar no Primavera. Já White Hous, o projeto a solo de João Vieira, tem estreia marcada na edição 2016 do festival.

Assim, e por ordem alfabética, estão confirmados no Porto: AIR, Algiers, Animal Collective, Autolux, Bardo Pond, Battles, Beach House, Beak, The Black Madonna, Brian Wilson (performing Pet Sounds), Car Seat Headrest, Cass McCombs, Chairlift, Deerhunter, Destroyer, Dinossaur Jr., Drive Like Jehu, Empress Of, Explosions in the Sky, Floating Points (live), Fort Romeau, Freddy Gibs, Holly Herndon, Julia Holter, Kiasmos, Linda Martini, Loop, Manel, Moderat, Mudhoney, Mueran Hermanos, Neil Michael Hagerty & the Howlling Hex, Parquet Courts, PJ Harvey, Protomartyr, Roosvelt, Royal Headache, Savages, Sensible Soccers, Shellac, Sigur Rós, Titus Andronicus, Tortoise, Ty Segal and the Muggers, U.S.Girls, Unsane, White Haus e Wild Nothing.

Quanto custa?

Como é habitual, a organização coloca à venda os bilhetes em diferentes alturas, por diferentes preços. Os mais baratos, por 75 euros, já acabaram. A partir do dia 1 de março, arranca a venda dos bilhetes diários, a 55 euros cada um. Os bilhetes gerais custam 105 euros. A venda decorre nos locais habituais (FNAC, CTT, El Corte Inglés, Worten) e em bilheteiras online.

A organização também colocou à venda bilhetes VIP, no valor de 135 euros, mas os ingressos já esgotaram. O bilhete dá direito a um welcome pack entregue na entrada do recinto. Garante acesso à zona de convidados NOS, com vista privilegiada para o palco principal e com um serviço de bebidas e comidas exclusivo a preço reduzido.

O que esperar?

Ao longo de três dias, cinco dezenas de bandas distribuídas por quatro palcos. Foi assim em 2015. Do rock à eletrónica, o difícil foi escolher. O Primavera Sound justificou novamente a sua entrada nos roteiros dos festivais de verão. De resto, foi batido, outra vez, o recorde de entradas: 77 mil pessoas de quarenta nacionalidades distintas passaram pelo Parque da Cidade. O peso do público estrangeiro já valeu ao certame o prémio “Contribuição para o Turismo” atribuído pelo Portugal Festival Awards em 2014.

Com uma personalidade descontraída e desprovida das habituais ações de marketing agressivas que marcam outros festivais, o Primavera Sound pauta-se pela irreverência. Em 2016 não se espera que seja diferente.

 

Artigo atualizado às 16h53 de 10 de fevereiro com a inclusão de nova informação sobre os preços dos passes gerais.

 

Textos, pesquisa e infografia: Alunos das turmas 3, 4 e 5 do 2º ano de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto
Edição: Filipa Silva