A noite europeia desta quarta-feira foi mais uma de grandes jogos europeus. Como seria de esperar, a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões teve maior destaque, mas os líderes dos campeonatos inglês e espanhol estiveram também em ação, ambos com vitórias a solidificar as suas vantagens.

Na liga milionária, o Liverpool FC voltou a triunfar sobre o RB Leipzig pelos mesmos números da primeira mão, 2-0, e garantiu a presença nos quartos-de-final. Diogo Jota foi titular pelo segundo jogo consecutivo, depois de ter regressado de uma longa lesão. O português estava a fazer, provavelmente, a época mais positiva da sua jovem carreira, e a ausência dos relvados coincidiu com a quebra do clube na Liga Inglesa.

O avançado português acabou a partida com uma assistência, para o primeiro golo da partida marcado por Mohamed Salah. Sadio Mané ainda estendeu a vantagem e fechou por completo as contas da eliminatória. Apesar do Leipzig ter tido mais posse de bola, o Liverpool FC, como estamos habituados, foi a equipa que mais perigo criou, principalmente nas saídas rápidas no contra-ataque. Os alemães falharam sobretudo na definição das jogadas no último terço. Diogo Jota teve oportunidades para abrir o marcador na primeira metade, mas mostrou ainda estar a recuperar a melhor forma.

Em Paris, antecipava-se uma segunda mão animada entre o PSG e o Barça. A equipa orientada por Mauricio Pochettino ganhou o primeiro encontro por 4-1 em Barcelona, mas os fantasmas da famosa remontada de 2017 pairavam sobre o ar parisiense. Na altura, o PSG partia para a segunda mão com uma vantagem de 4-0, mas acabou por perder por 6-1 na casa dos blaugrana.

Com as eleições do último domingo, esperava-se também um Barcelona mais animado, com uma vontade renovada de mostrar serviço. E apesar do resultado final não ter sido nem perto suficiente para conseguir dar a volta à eliminatória, a verdade é que a exibição da equipa foi das melhores da época. As oportunidades foram muitas, mas a mira de, principalmente, Ousmane Dembélé em frente à baliza não estava calibrada.

Messi ainda tentou dar o seu máximo e marcou um golo digno da sua qualidade, mas acabou por falhar um penalti que poderia dar uma nova vida à equipa. Na altura, mesmo antes do intervalo, o jogo manteve-se 1-1 e na segunda metade o Barça não foi capaz de marcar os golos que precisavam. Desta forma e depois da eliminação da Juventus FC um dia antes, esta edição da Liga dos Campeões é a primeira desde 2004/2005 em que nem Messi nem Ronaldo marcam presença nos quartos-de-final. O fim de uma era.

O Manchester City, também líder do seu campeonato, venceu, categoricamente, o Southampton por 5-2. Apesar de agora ter um jogo a mais que os rivais Manchester United, a vantagem está já nos 14 pontos, com um novo título muito bem encaminhado para a equipa orientada por Pep Guardiola. Bernardo Silva foi titular, a jogar no papel de falso 9, bem como Rúben Dias, no centro da defesa. João Cancelo ficou no banco, depois de uma série considerável de jogos nas pernas.

Há portugueses a entrarem em ação novamente nesta quinta-feira, com a jornada da Liga Europa. José Mourinho, Pedro Martins , Paulo Fonseca e Luís Castro orientam as suas equipas, sendo que os últimos dois vão estar frente-a-frente no encontro que opõe AS Roma e Shaktar Donetsk, enquanto que o título treinador do Tottenham Hotspur recebe o Dinamo Zagreb.

Dentro das quatro linhas, são vários os jogadores nacionais a atuarem. Bruno Fernandes enfrenta Rafael Leão e Diogo Dalot no encontro entre Manchester United e AC Milan. Domingos Duarte, Rui Silva e Domingos Quina tentam ajudar o Granada a ultrapassar o Molde e Bruma, do Olympiacos, enfrenta o Arsenal.

Artigo editado por João Malheiro