Alunos e professores do Ensino Superior regressam à atividade presencial a 19 de abril. A data foi anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, na conferência de imprensa onde foram apresentadas as etapas do plano de desconfinamento.

O JPN contactou várias associações de estudantes de Faculdades e Politécnicos da Universidade do Porto para perceber o que esperam os alunos no regresso à atividade presencial.

A data escolhida para o regresso é, para as associações, uma boa escolha, uma vez que “os estudantes já estavam a contar regressar depois da Páscoa“, refere o presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia, José Araújo, um dos dirigentes associativos que respondeu ao contacto do JPN.

O retorno é desejado por todos, na medida em que, as aulas à distância provocam transtornos a vários níveis. “O regresso deve ser o mais rápido possível porque o aproveitamento escolar não está a ser o ideal. Os estudantes estão cansados deste regime de aulas online. Depois há todas as limitações que isso envolve, a nível de internet e computadores”, explica o presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras, João Teixeira, ao JPN.

Embora a retoma da atividade presencial seja um cenário que os alunos querem ver concretizado em breve, os presidentes das associações alertam que, para que tal aconteça, é necessário garantir condições de segurança. A limpeza rigorosa e frequente dos espaços e a organização logística, com indicação de entradas, saídas e corredores de circulação são algumas das recomendações feitas pelo presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia, José Araújo. A presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito, Maria João Resende, ressalva que deve ser preparada de forma “atempada uma época de exames presenciais a iniciar-se em maio, de modo a proporcionar um ambiente de avaliação seguro aos estudantes”.

O presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras, João Teixeira alerta que os cuidados devem também ser alargados para fora do espaço escolar, nomeadamente, no percurso feito pelos estudantes, uma vez que, muitos alunos utilizam “transportes públicos para irem para as faculdades”.

As três associações de estudantes são unânimes, em referir que, a aplicação de testes de rastreio no regresso às aulas presenciais seria uma boa prática a adotar.

A presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito, Maria João Resende, relembra que no primeiro semestre a Universidade do Porto promoveu a realização de testes serológicos e que “os estudantes aderiram de forma voluntária”, pelo que, caso se aplique a realização de testes de rastreio a adesão deverá manter-se. O presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras, João Teixeira, conclui dizendo que, embora seja necessária uma grande organização logística, devido ao elevado número de alunos da Universidade do Porto, a realização de testes não deve ser uma hipótese a descartar.

No próximo mês de abril, os estudantes do Ensino Superior regressam à atividade letiva presencial. Na Academia do Porto é esperado o retorno de cerca de 70 mil alunos.

Artigo editado por João Malheiro