O Festival Porta-Jazz regressa ao Porto e traz consigo 17 concertos. Ao longo de três dias, entre 3 e 5 de fevereiro, os vários palcos do Teatro Rivoli vão ser a casa de 70 artistas, locais e internacionais.

Nesta, que é a 13.ª edição do festival, celebra-se o jazz sob o conceito de “um caldeirão de arte, música e humanismo”, como se lê num comunicado enviado ao JPN. Este conceito expressa a vontade de servir como ponto de encontro e mistura de correntes artísticas com uma comunidade diversificada, que contribui para criar novas realidades culturais e sociais.

No dia de arranque, pelas 18h15, Pedro Neves Trio vai apresentar o álbum “Hindrances”, seguido pela atuação do trio suíço Wabjie. Mais tarde, às 21h30, marcam presença Gianni Narduzzi e Carlos Azevedo Quarteto.

WABJIE são artistas suíços que misturam voz, sintetizadores, bateria e piano. Foto: Michel Wintsch

No segundo dia a música começa mais cedo. Às 16 horas, em momento inaugural, apresenta-se o trabalho português “Interferências” do Coletivo OSSO/Porta-Jazz – resultado de uma residência de criação. A seguir, o músico e compositor Nuno Trocado  e o dramaturgo Jorge Louraço Figueira partilham o projeto “Umbral”.

Mais tarde, às 18h15, entram os trios Liudas Mockūnas/Arnas Mikalkenas/Håkon Berre (da Lituânia e da Noruega) e Eurico Costa (Portugal).

Para fechar o dia, a partir das 21h30, destaca-se a estreia da “encomenda” feita ao pianista Miguel Meirinhos – a seu convite, vão pisar o palco o saxofonista inglês Joshua Schofield, o espanhol Ricardo Formoso no trompete, e os portugueses João Fragoso, no contrabaixo, e João Cardita, na bateria. Ainda nessa noite atua o duo polaco Alfons Slik.

O último dia é aberto pelo trio Bode Wilson, às 16 horas, seguido pela apresentação do projeto português “Liquify, Spread and Float”, fruto da residência no Festival Guimarães Jazz. Mais tarde, a partir das 18h15, apresenta-se o projeto germano-austro-russo “Into the Big Wide Open” e o trio português 293 Diagonal. Para fechar, a partir das 21h30, sobem ao palco o quarteto AP e o projeto Do Acaso, que cruza música com literatura.

Como já é costume, o Café Rivoli recebe, ao fim de todas as noites, a partir das 23h30, showcases das escolas Art’J – JOBRA (dia 3), ESMAE (dia 4) e Conservatório de Música do Porto (dia 5), seguidas de jam sessions com os músicos do festival e toda a comunidade.

No dia 2 de fevereiro, antes do arranque oficial no Rivoli, o novo Espaço Porta-Jazz (localizado na Praça da República) recebe uma sessão de abertura do festival. Aqui, pode assistir-se ao concerto da parceria Ensemble Porta-Jazz/Robalo e à inauguração de instalações sonoras dos artistas Nuno Trocado, Sofia Sá e Susana Santos Silva. No dia anterior, e para receber os músicos internacionais, o Zero Hotel acolhe, a partir das 22 horas, um warm-up.

A programação foi pensada para refletir “o trabalho desenvolvido pela Associação Porta-Jazz ao longo do ano”, diz o comunicado. Desse esforço, surgiram as interações que permitiram a edição de novos discos pela iniciativa Carimbo, criada para apoiar a edição discográfica independente, e várias residências e partilhas.

Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira do Teatro Municipal do Porto ou online e são vendidos no formato de blocos de concertos, associados à parte do dia em que ocorrem. Cada bloco um tem um bilhete único no valor de 7 euros (50% para membros Porta-Jazz).

Já os showcases e jam sessions no Café Rivoli são de entrada livre. A programação completa pode ser consultada no site do festival.