Os azuis e brancos venceram o Leixões este sábado (23) por duas bolas a uma. Apesar da vitória, ambos os clubes estão eliminados da Taça da Liga. Os dragões dominaram o jogo, com golos de Francisco Conceição e Taremi. A armada do mar jogou metade da partida com menos um jogador.

Francisco Conceição abriu o caminho para a vitória do FC Porto diante do Leixões. Foto: FC Porto/Facebook

Num jogo onde nenhuma das equipas tinha perspetivas de futuro na Taça da Liga, o FC Porto entrou este sábado à noite no Estádio do Dragão focado na vitóriaContudo, ao intervalo o empate era o resultado, depois de um golo do avançado azul e branco, Francisco Conceição, ao minuto 6, e outro de Fabinho, camisola 27 do Leixões, aos 14, da marca de grande penalidade.

O ritmo da primeira parte foi pouco emocionante, mas o FC Porto entrou em campo para a segunda metade sem deixar margem para uma possível vitória do clube da segunda liga. 

Depois de muitos lances perigosos do Futebol Clube do Porto, que falhou no capítulo da concretização, Taremi marcou o penálti da vantagem pouco antes do apito final, no minuto 85. 

Vitória por 2-1 Futebol Clube do Porto, que depois de se estrear como vencedor da Taça da Liga há um ano, se viu afastado da discussão do título após a derrota contra o Estoril, a 6 de dezembro. Em grupos de três equipas, a soma de duas vitórias dos estorilistas foi bastante para dar o apuramento à equipa da Linha.

Muitas alterações no onze

Sérgio Conceição apresentou no jogo contra o Leixões um onze com nove alterações em relação ao clássico com o Sporting.

Do lado do Leixões, Moisés Conceição, filho do treinador dos azuis e brancos, não tem sido aposta no seu clube, mas no jogo de sábado apareceu no onze inicial.

Frente a frente, estiveram o terceiro classificado do campeonato principal com o 16.º da segunda liga. Com sete derrotas já sofridas esta época, o FC Porto não se queria permitir novo deslize. 

A assistência no Estádio do Dragão esteve aquém do esperado pelo clube azul e branco, que tinha anunciado lotação esgotada. A partida teve nas bancadas pouco mais de 30 mil espectadores

Uma primeira parte marcada por faltas

A primeira parte arrancou cum um ritmo baixo. Mas os azuis e brancos mostraram a sua vontade de vencer quando aos seis minutos de jogo o camisola 10, Francisco Conceição, marcou o primeiro golo dos dragões, dando seguimento a uma assistência eficaz de Danny Namaso, que um minuto antes tinha feito a sua primeira tentativa de golo, bloqueada pelo guarda-redes dos vermelhos e brancos com a cara. 

O Leixões teve a sua primeira grande oportunidade de golo sete minutos depois. No seguimento de uma falta cometida por Grujic sobre Adriano Amorim, o árbitro assinalou penálti. Fabinho concretizou o golo que deu ao clube de Matosinhos o empate, aos 14 minutos. 

Há cinco jogos consecutivos que o Leixões Sport Club não marcava, terminando, então, o período de quase dois meses a seco. 

Os primeiros 45 minutos da partida ficaram marcados por muitas faltas cometidas – que se somaram ao penálti assinalado – resultando em cinco cartões amarelos, sendo que um deles levou à expulsão do número 25 do Leixões, Alhassan Wakaso, aos 42 minutos. O jogador já tinha sido expulso no jogo anterior da Taça da Liga contra o Estoril. 

No fim da primeira parte, os azuis e brancos pressionaram o adversário, na tentaiva de contrariar o ritmo de jogo partido que se tinha instalado no Estádio do Dragão. 

Os três minutos de compensação souberam a pouco depois de tantas pausas. Apesar de rduzido a dez no fim da primeira parte, o Leixões não entregou o jogo numa bandeja aos dragões.

Faltou eficácia na segunda parte 

A segunda parte teve início com a posse de bola nos dragões. Os azuis e brancos pressionaram a armada do mar, rematando sempre para marcar. 

Aos 46 minutos, o lateral João Mário fez o primeiro remate. Com uma jogada individual e um remate com o pé esquerdo, o lateral-direito esteve perto de marcar o segundo golo. Aos 51 minutos, foi a vez de Romário Baró tentar marcar golo, contudo a bola passou ao lado do poste esquerdo. Poucos minutos depois, Conceição foi ao chão, havendo a possibilidade de golo, mas a barreira do Leixões conseguiu intercetar a bola, mantendo o resultado igual.

Aos 59 minutos, o técnico do FC Porto decidiu fazer três substituições simultâneas. 

As faltas na segunda parte foram menos significativas, mas não foram exceção. Rafa Freitas viu um cartão amarelo aos 68 minutos e, um minuto depois, o avançado Francisco Conceição deixou a plateia em tensão ao rematar à entrada da área. A oportunidade foi perdida quando a bola passou a centímetros do poste direito.

Ao contrário da primeira parte, a equipa dos dragões entrou na segunda parte a dominar o jogo, impedindo que o Leixões pudesse criar muitas oportunidades. Ainda assim, apesar dos lances perigosos, os azuis e brancos tiveram dificuldade em concretizar o passe final.

Aos 73 minutos, Taremi, que veio substituir João Mário, apareceu ao segundo poste, mas, mais uma vez, o remate não foi concretizado, perdendo a oportunidade após o excelente cruzamento de Francisco Conceição.

Mas o iraniano redimiu-se a cinco minutos dos 90. Depois de Léo Bogado ter cometido falta sobre Evanilson no interior da área do Leixões, o número nove marcou, de penálti, o golo da vitória, alterando o marcador para duas bolas a uma, a favor dos dragões. Foi o primeiro golo de Taremi em casa esta época.

Pouco antes de se ouvir o apito final no Dragão ainda houve uma oportunidade para Francisco Conceição na sequência de um contra-ataques, mas o guarda-redes do Leixões defendeu. 

A partida terminou com a vitória dos dragões por duas bolas a uma. As duas equipas ficam pela fase de grupos da Taça da Liga cujas meias-finais vão ser disputadas pelo SC Braga e Sporting, a 23 de janeiro, e Benfica-Estoril, no dia seguinte.

Sérgio Conceição: “Valeu a seriedade”

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, começou por afirmar, na conferência de imprensa, que não há jogos fáceis. Apesar de não ter conseguido qualificar-se para as meias-finais da prova, o treinador dos azuis e brancos garantiu estar orgulhoso da postura da sua equipa: “No final valeu a seriedade com que as equipas se defrontaram”, declarou.

No que respeita à pouca eficácia em campo dos dragões, Sérgio Conceição admitiu que a eficácia ao nível ofensivo é um problema que tem de ser melhorado, principalmente nas provas internas.

O treinador dos dragões explicou também que já estavam estipuladas as diversas trocas feitas, no decorrer da partida, quando questionado sobre a necessidade de utilizar todas as substituições: “o descanso a mais não faz bem a ninguém”, afirmou.

Os jogos não se fazem sozinhos e a presença dos adeptos no estádio foi um fator que quis sublinhar: “A adesão do público foi muitíssimo importante. Num momento em que não se joga para nada, estarem mais de 30 mil pessoas, [quero] agradecer.”

Pedro Ribeiro: “Orgulhosos enquanto equipa”

O treinador do Leixões, Pedro Ribeiro, admitiu que, tal como Sérgio Conceição estar satisfeito com a sua equipa: “Não havendo vitórias morais, saímos daqui orgulhosos enquanto equipa”. O técnico reforçou que o objetivo principal do Leixões é o campeonato

No que toca à Taça da Liga, a presença do Leixões na fase de grupos já é uma vitória por si só, mas para Pedro Ribeiro a armada do mar é ambiciosa e queria levar a taça para casa. No entanto, os jogos com o Estoril e com o Porto dificultaram essa tarefa, mas “a equipa do Leixões esteve sempre controlada e competente”.

Pedro Ribeiro afirmou que o contra-ataque dos leixoneneses estava bem desenhado, mas o passe final não foi bem concretizado. Comentou ainda que o lance que deu o penálti ao Porto, poderia ter significado a vitória do Leixões.

“Sentimos naquele lance que era possível ganhar o jogo e a equipa, e bem, tentou e projetou-se no ataque para tentar ganhar o jogo. É o nosso ADN, é disputar os jogos para os ganhar e não para empatar”, afirmou.

Depois da pausa natalícia, o FC Porto volta a jogar, desta vez para a Liga, contra o Chaves, no dia 29 de dezembro. O Leixões, a disputar a segunda liga, joga no dia seguinte frente ao Académico de Viseu.

Editado por Filipa Silva