Numa viagem aos bastidores da maior casa de animais do Norte do país, o JPN foi conhecer o dia a dia de um grupo de profissionais ligado pela Natureza. No Zoo Santo Inácio, tratadores e animais vivem em simbiose, e são a companhia um do outro 365 dias por ano. Esta é a sétima de uma série de reportagens multimédia que o JPN dedica ao tema Comunidades.

É quinta-feira. O dia está risonho e o relógio marca 10h30 da manhã. No horizonte, o sol ilumina os 15 verdejantes hectares do Jardim Zoológico de Santo Inácio em Avintes, Vila Nova de Gaia.

No ar, uma multiplicidade de sons invade os nossos ouvidos. Entre o chilrear dos pássaros e o tráfego provocado pelos tratadores, um novo dia nasce e os preparativos começam para receber os visitantes.

Ainda que a tempestade pandémica tenha colocado um travão nas incontáveis famílias que cedo faziam fila à entrada do Zoo e tenha privado, durante meses, os animais dos exércitos de crianças que ali acorrem todos os anos, a normalidade espreita desde 5 de abril – data da reabertura dos Jardins Zoológicos ao público.

Com ou sem público, no interior nada se alterou. A rotina continua a mesma, pois os exigentes inquilinos do parque não podem ficar de barriga vazia e sem os habituais cuidados. Para tal, uma equipa de tratadores – 30 no total, juntando ao lote os que ajudam na manutenção do espaço – reúne diariamente para definir a ordem de tarefas, sob as orientações de José Alves, o “senhor José” como é carinhosamente tratado no parque.

Fotografia: Francisca Gomes

É feito “um pequeno briefing, cada um vai para o seu setor. Dou as recomendações diárias do que eles devem fazer quando chegam ao habitat, ver se está tudo fechado, antes de entrar na recolha, ver se algum animal não fugiu cá para fora”, conta o colaborador do Zoo já com quase 21 anos de casa ao JPN. Após estes procedimentos, os habitats são limpos e procede-se à distribuição de alimento por todas as espécies. O trabalho não se esgota aqui e a constante observação sobre todos os setores do Zoo é a sua principal função. 

Os tratadores reconhecem cada animal e estão atentos a possíveis alterações no comportamento ou no estado de saúde de cada um dos elementos do parque. São os olhos que transmitem à equipa veterinária qualquer problema que possa existir e uma peça fundamental no tabuleiro de xadrez que compõe esta comunidade, unida pela Natureza. Uma verdadeira equipa, com objetivos bem definidos e em constante comunicação de modo a proporcionar as melhores condições tanto aos visitantes, como aos seus habitantes, razão de ser do parque: os animais. 

Mas de onde surgiu esta vontade de edificar um jardim zoológico que acolhe algumas das espécies mais ameaçadas do planeta? 

Uma família apaixonada pela Natureza

Quando, em 1997, começavam a surgir os primeiros rascunhos daquilo que viria a ser o Zoo de Santo Inácio houve aspetos que ficaram desde muito cedo estabelecidos. Este espaço não nasceria apenas para entreter as pessoas que vinham visitar os animais, mas sim para lhes mostrar quem estes realmente eram, qual a sua essência, os seus instintos e os seus comportamentos.

Com a preservação de espécies ameaçadas de extinção como uma das bandeiras deste projeto, tornou-se claro que as pessoas precisavam de conhecer estes animais para que pudessem “aproximar-se, apaixonar-se, preservar e cuidar”. Até porque “nós temos de cuidar do nosso planeta, nós temos de cuidar dos nossos animais e só nos aproximando, só conhecendo é que vamos tratar deles”.

Quem o diz é Teresa Guedes, a atual diretora do Zoo de Santo Inácio. Foi o seu pai, na altura, quem trouxe a ideia de criar um zoo para cima da mesa e quem lhe passou essa “paixão e esses valores, esse legado de adorar a Natureza, de nos apaixonarmos por tudo o que nos rodeia”.

“Tínhamos este espaço que era da nossa família e eu passava férias aqui quando era pequenina. Mas foi um espaço que depois foi alugado, encostado, um bocadinho sem objetivo. Quando o meu pai se integrou na Aveleda – empresa a que o zoo pertence – em 1996, a primeira tarefa que lhe deram para as mãos foi o que fazer com a Quinta de Santo Inácio – Quinta de Fiães, como se chamava na altura – em Avintes”, relembra. 

A diretora admite que muitos outros projetos foram ponderados – como a criação de um hotel, ou de um parque aquático – mas, conhecendo bem a família Guedes, “tinha que ser uma coisa ligada à Natureza, porque é isso que faz parte do nosso ADN”. Assim que o seu pai apresentou a ideia aos irmãos, “foi logo aceite”. Era algo que lhes fazia sentido.

Das ideias – que tinham começado em 1996 – surgiu o projeto, aprovado em 1997. Com a sua aprovação começaram as construções, que viriam a ser terminadas apenas no ano de 2000. Abriram portas no Dia Mundial da Criança desse mesmo ano. Foram crescendo com o tempo e Teresa diz já serem um projeto “a sair da adolescência”.

Há ainda alguns sonhos por realizar e aspetos em que querem evoluir, mas são já um total de 42 colaboradores, para mais de 600 animais de 200 espécies diferentes, espalhados pelos 15 hectares da antiga Quinta de Fiães.

(explore as fotografias e vídeos nos diferentes pontos do mapa)

O ADN familiar a crescer desde as raízes

Mas o principal elemento que leva toda uma equipa a remar no mesmo sentido é o bom ambiente que se sente entre os colaboradores. 

Assim, a componente familiar, presente desde a criação do Zoo, faz ainda hoje parte do ADN de todo o corpo de funcionários, alastrando-se aos animais, vistos como “filhos” por quem cuida deles diariamente. 

Teresa Guedes considera que esta é uma parte fundamental das dinâmicas do parque, uma vez que a grande parte do nosso dia é no trabalho”. “Quando uma pessoa está feliz no seu trabalho, obviamente quer dizer que se dá bem com as pessoas à volta, que conversam, que almoçam juntos e eu acho que o Zoo de Santo Inácio tem uma coisa muito boa, é um espaço de Natureza”, o que privilegia um ambiente de boa disposição entre todos. 

Também Daniela Teixeira, tratadora do Jardim Zoológico há quase três anos, e profunda apaixonada pela vida selvagem, destaca que acaba por passar mais tempo com os animais e a restante equipa do que com a própria família, sublinhando a importância da construção de boas relações entre os trabalhadores do parque. 

A confiança é, assim, uma palavra-chave no funcionamento do zoo, algo fortemente reforçado pela jovem tratadora, uma vez que se trata de uma profissão extremamente meticulosa, em que todos os detalhes contam, no que concerne o “maneio” dos animais e o seu bem-estar. 

“Se, por alguma razão, precisamos de apanhar um animal… Por exemplo, um macaco, que tem uma força incrível, eu sozinha provavelmente não irei conseguir e vamos todos juntos, em equipa. Vamos aqui agarrar este rapaz e pronto… precisamos de todos. Aqui, no fundo, lutamos para o mesmo. Estamos todos no mesmo barco e queremos todos o melhor possível para estes animais. Portanto, o trabalho em equipa é primordial”, realça a jovem formada em Biologia Marinha. 

Paralelamente, José Alves afirma que “trabalhar num zoo tem muito que se lhe diga”. O chefe dos tratadores faz, inclusivamente, uma analogia entre as funções que desempenha no Zoo com as de um hospital. “É verdade que pessoas são pessoas e animais são animais, mas é quase igual. Precisam de carinho, que lhes deem o carinho todo”, retratando o sentimento de companheirismo que afirma ser uma das imagens de marca do espaço. 

Se entre os humanos o dia a dia é pautado pela confiança, esta tem de estender-se, igualmente, até aos próprios animais. Desde os lémures aos pujantes tigres asiáticos, passando pelos curiosos pinguins, confiança é denominador comum, tratando-se de um processo complexo, que se vai adquirindo ao longo do tempo, como nos conta Daniela. 

Nós não chegamos aqui no primeiro dia e temos logo uma confiança enorme e ‘vou apanhar um pinguim e vai ser muito fácil’. Não. No início, não tens a confiança. Tu própria não conheces o animal, não sabes como é que ele vai reagir quando tu o queres apanhar. Não sabes como apanhar, neste caso, um pinguim. E, ao longo do tempo, tu vais conhecendo o animal”. 

Rapidez de assimilação

Na opinião da tratadora, a relação de confiança que se cria com o animal é incerta e dependente de vários fatores: “depende do animal, depende dos dias, depende da oferta que tu dás ao próprio animal”, conta. A título de exemplo, Daniela refere os tímidos pandas vermelhos que já se encontram no zoo há dois anos e que ainda não criaram um laço de proximidade, fruto da sua personalidade mais fechada. “Não têm tendência de descer e vir ter comigo”, assinala. 

Em sentido contrário, os pinguins, que são um dos focos de maior atenção do parque, e que centram em si o fascínio dos mais novos, agem de forma distinta. “Eu mal entro, eles vêm logo, é uma festa incrível”. Assim, mais do que supervisionar os habitats que compõem o Zoo, este é um trabalho que requer uma capacidade de adaptação a cada animal e, indubitavelmente, uma aptidão nata. 

Vocação como força motora

Perante o reduzido número de Jardins Zoológicos em Portugal, não é fácil encontrar profissionais com experiência, conta a diretora do Zoo. Paixão, gosto e empatia são, assim, as palavras de ordem na hora de selecionar pessoal para integrar a equipa da selva à escala de cidade instalada em Avintes. 

De forma a cultivar um sentimento de pertença e de proximidade entre os trabalhadores e para facilitar a comunicação, vista também como um dos grandes pilares da dinâmica diária, todos os moradores do parque têm o seu nome, bilhete de identidade e até o seu padrinho ou madrinha. Uma iniciativa vista pelo Zoo como fundamental no estreitar de relações dos animais com os visitantes.

Daniela refere que este processo de identificação depende muito da espécie, sendo por vezes complicado distinguir os animais. A tratadora dá o exemplo dos pinguins, “onde não existe dimorfismo sexual, ou seja, não conseguimos perceber qual é o macho e a fêmea”.

Para tal, usam pulseiras nas barbatanas de forma a possibilitar o reconhecimento de todos. Tudo é diferente no caso dos búfalos asiáticos, que são facilmente reconhecidos. “Sabemos perfeitamente que é o Pierre e o Cardin, vieram de França”. 

O poder do reconhecimento

E se cada tratador sabe, sem falha, o nome de cada um dos animais que estão na sua tutela, os animais também têm a perceção do funcionário do Zoo Santo Inácio que lhes facilita a vida a cada dia que passa. Podem não saber o nome da Daniela ou do senhor José, mas reconhecem a cara, os hábitos e a forma como lidam com cada animal.

Por isso mesmo, também, ganha uma importância acrescida que cada tratador tenha as mesmas rotinas com cada animal. É crucial que vista sempre as mesmas roupas (o uniforme de tratador do Zoo Santo Inácio), que apareça todos os dias à mesma hora, e que tenha comportamentos no mínimo similares. 

“A pessoa tem que dar uma palavrinha [aos animais]. Não é chegar lá e dizer: ‘vamos lá para fora, vamos embora’. Não. Uma pessoa fala com eles, e eles olham para nós com aquele carinho que nós estamos a dar”, descreve o decano José Alves.

A comunicação entre tratador e animal é crucial, mesmo que as palavras que cada um usa sejam em linguagens distintas e de difícil compreensão. Mas o hábito também ajuda aqui. Os animais vão percebendo o que cada som saído da boca dos funcionários quer dizer, seja o nome ou algum tipo de chamamento, e os tratadores também conseguem decifrar o significado de cada rugido.

“Os tigres têm muito o hábito de se cumprimentarem uns aos outros, cumprimento de maneira [faz o som] e é muito enriquecedor para nós, para um tratador entrar no habitat e o tigre retribuir esse cumprimento para nós. Quer dizer que nos está a cumprimentar e que nos reconhece, acabamos por ter uma comunicação desse género”, descreve Daniela.

Os tigres consomem entre 5 a 7 quilogramas de carne por dia. Fotografia: Francisca Gomes

A jovem tratadora reforça ainda mais, a nível pessoal, a sua experiência. “Eu falo imenso com os meus animais. Se calhar, às vezes, até pareço uma maluquinha a falar com ele. Mas eu falo e eles gostam e reconhecem a voz. Eu, por exemplo, aqui na demonstração tenho um papagaio que é o Ricky e eu mal abro a porta ele é logo “olá, olá, olá”. E eu fico a falar com ele e é bastante engraçado”.

Hábitos de boas vindas

No que diz respeito à importância da manutenção das rotinas no habitat animal, este cenário verifica-se também aquando da chegada de um novo elemento ao Zoo, como nos conta Teresa Guedes. 

“Quando um animal novo entra aqui no parque, toda uma nova rotina é criada e é importante que esta seja seguida. Todos os animais começam por ficar na recolha, nas suas casas, para eles sentirem que aquele é o lugar deles, é onde eles estão à noite, é ali onde são alimentados e é ali que as tarefas básicas acontecem. Depois, com tempo, começamos a metê-los cá fora”. 

A diretora destaca que este é um processo “de hábitos e de adaptações diárias” que a equipa vai analisando meticulosamente. Mais do que um acompanhamento de espécie para espécie, este acontece de indivíduo para indivíduo, o que reflete o zelo e a preocupação existente com cada animal dentro dos muros do Jardim Zoológico. 

Atenção redobrada aos animais mais perigosos

E se há animais em que a preocupação tem que ser máxima, são os carnívoros.  Quanto ao seu maneio, há um consenso entre os três responsáveis do Zoo. O respeito máximo pelas normas e protocolos de segurança é imperativo. 

Demonstrações, o contacto entre animais e visitantes

Para sensibilizar as pessoas para a proteção da vida selvagem e as aproximar da Natureza, o parque proporciona momentos de contacto mais próximo entre os visitantes e os animais. É assim nos momentos de alimentação de animais em público e nas demonstrações de comportamento de algumas espécies. 

Ao longo de cada dia, há vários momentos em que os visitantes podem assistir de perto às interações entre tratadores e animais, momentos estes que costumam fazer as delícias dos mais novos. Além de divertida, as demonstrações afirmam-se, igualmente, como uma ocasião pedagógica, na qual são transmitidos vários factos e curiosidades da espécie em questão. 

Mas, se por um lado, estes momentos foram criados para o público, nem por isso foram interrompidos quando o Zoo se viu obrigado a fechar portas por força do confinamento.

De forma a manter o bem-estar de cada animal intacto, a solução levada a cabo pelo Zoo foi a de não quebrar com a rotina dos seus moradores, com os seus hábitos diários – algo para o qual os tratadores trabalharam diariamente.

Enquanto o Zoo de Santo Inácio se manteve fechado – e a reportagem do JPN esteve no parque nessa altura – todas as demonstrações desenrolaram-se sem alterações. As coloridas araras e as vertiginosas aves de rapina continuaram a sobrevoar os bancos, desta vez sem cabeças e sem o fascínio dos mais novos perante o seu elegante bater de asas. 


Os habituais “Olá, olá, olá”, cumprimento de uma das mais de 40 mil crianças que por aqui passam anualmente com as escolas, ou de outro visitante, mantiveram-se em stand by, porém, os animais continuaram a ser libertados de manhã cedo e recolhidos de novo às suas casas ao terminar do dia. 

Assim, o que mudou foi apenas a presença de pessoas, que foi limitada aos tratadores.”Deixaram de existir pessoas a passear, gargalhadas, barulhos de carrinhos de bebé. Isso tudo que fazia parte do dia a dia dos animais.”, comenta Teresa. 

A solução que encontraram, numa tentativa de atenuar essa mudança, foi dar-lhes mais atenção. “Os tratadores sentiram-se um bocadinho mais na obrigação – e no desejo – de fazer mais companhia aos animais, mais conversa, mais enriquecimentos ambientais”.

Zoo como espaço de clausura?

Se uns veem os jardins zoológicos como um espaço de conservação de espécies, outros têm sobre eles opiniões negativas, considerando-os um espaço de clausura, que força os animais a uma vida dentro de uma jaula, ao invés de dar-lhes liberdade. 

O debate sobre se o extenso inventário de espécies que foram salvas em zoológicos, se não teria sido possível obter os mesmo resultados em espaços de conservação a céu aberto (como santuários ou reservas naturais) ou em centros de refúgio e reprodução assistida, que cuidam de animais antes da sua libertação, é longo e divide muitas pessoas. 

Sobre esta temática, Teresa Guedes percebe que “haja essa ideia ideia do antigamente”. A diretora do Parque de Avintes estabelece uma comparação com o passado, no qual “os Zoos eram muito diferentes do que são hoje”. O surgimento de “leis específicas, associações, leis europeias, leis mundiais” e a necessidade de cada Parque Zoológico em Portugal ser licenciado pela Direção-Geral de Veterinária levou a uma maior fiscalização do setor. 

“Se conhecerem o que nós fazemos aqui diariamente, vão perceber que não há clausura, vão perceber que os animais estão numa condição de bem-estar estupenda e que os animais estão super felizes aqui, que nada lhes falta e que mantemos o comportamento dos animais”, afirma a responsável.

A dirigente reforça que “não podemos domesticar animais” e que o objetivo do Zoo é precisamente o contrário: preservar as espécies, manter a vida no Planeta, estimulando sempre o comportamento genuíno dos animais. 

A forma que o Zoo encontrou para manter o mais intacto possível o lado selvagem das espécies é através do que chamam de “enriquecimentos ambientais”.

“Por exemplo, uma pinha cheia de sementes e de fruta colocada nos papagaios. Os papagaios vão descobrir através dos olhos que há ali uma coisa nova, o cheiro e o contacto, através das patas e com o bico, vai tentar agarrar aquelas frutas ou sementes, estimulando o seu comportamento natural, reproduzindo o que eles fazem na Natureza. A comida não está numa taça, eles têm de a procurar e ir buscar”, retrata Teresa Guedes.

Só assim é possível manter um olho sempre atento naquele que é o comportamento natural dos animais, observando se estes “usaram bem a pata, se estão a voar bem e isto é essencial no dia a dia”, explica a diretora. 

Processo de maturação: de adolescente para adulto

O Zoo Santo Inácio encontra-se em constante mutação. O que se mantém, garantem os responsáveis e trabalhadores do parque, é o propósito primordial de contribuir para a preservação das espécies. Ao longo destes 21 anos, o Parque foi crescendo com cada vez mais peças a comporem o puzzle familiar que caracteriza a instituição. Com o desenrolar do tempo, houve histórias que ficaram gravadas e que marcaram, indelevelmente, as duas décadas do Jardim Zoológico de Avintes. 

Para Teresa, o sonho não está ainda realizado: “Temos de chegar à fase adulta, já estamos aqui na adolescência, nos 18 anos, contudo, precisamos de crescer um bocadinho mais e gostaria muito de cumprir o meu sonho de ter cá os elefantes, os maiores animais terrestres”. Quanto mais à mesa melhor, e por isso Teresa mantém sempre o seu otimismo. “Eles hão-de chegar”.

Trabalho editado por Filipa Silva e João Malheiro

Esta reportagem multimédia integra a série “Comunidades” estreada em 2020 pelo JPN. A série de 2021 teve o seu pontapé de saída a 1 de março no âmbito da atividade Editor por um Dia, este ano a cargo da jornalista Catarina Santos.